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Governo lança projeto com o objetivo de reduzir alfabetização incompleta

Os programas AlfaMais Goiás e Reformar+ foram lançados, nesta terça-feira, 14, pelo governador Ronaldo Caiado (DEM), por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc). O objetivo dos projetos, respectivamente, é de reduzir os índices de alfabetização incompleta e letramento insuficiente entre as crianças matriculadas nas redes públicas de ensino e assegurar a alfabetização completa na idade correta até o segundo ano do ensino fundamental, além de fornecer R$ 100 mil para cem prefeituras, direcionados ao aprimoramento da infraestrutura de escolas municipais.

A medida passa a ser adotada a partir do início do ano letivo de 2022. De acordo com a Secretária de Educação Fátima Gavioli, a metodologia aplicada para reduzir os índices de alfabetização incompleta já acontece em outros estados, como por exemplo, no Ceará. “Somos o nono estado brasileiro a aderir a estratégia. A Secretaria de Educação vai entrar na produção dos materiais, formação dos gestores, contratação dos pedagogos que irão atuar como assessores nas redes municipais. Mas a responsabilidade de colocar em prática é da secretaria municipal. Então, em nenhum momento, vamos intervir na autonomia deles”, afirma.

Todas as cidades goianas aderiram ao AlfaMais, com exceção dos municípios de Anápolis, Crixás, Alto Horizonte, Trindade e Lagoa Santa. A ação engloba o pagamento de bolsas entre R$ 600 a R$ 2 mil para profissionais envolvidos. Segundo projeção da Seduc, cerca de 200 mil estudantes e 8 mil profissionais da educação devem ser impactados.

Em discurso durante cerimônia de lançamento, Caiado admitiu que o governo não estava dando recursos suficientes para que estudantes tivessem condições de disputar vagas em concursos e vestibulares. “A pesquisa de fluência feita em Goiás, para uma criança ler um texto de 60 palavras por minuto, 90% das crianças não deram conta de ler. Então de que adianta essa criança no terceiro, quarto ano, se ela não foi alfabetizada na hora correta? Nós estávamos destruindo a educação pública no Estado de Goiás, e nós não temos o direito de fazer isso" afirma.

O desenvolvimento do projeto também conta com alianças do terceiro setor para suporte e apoio técnico, no desenvolvimento do material didático. De acordo com o diretor do Instituto Natura, David Saad, a alfabetização no Brasil é uma tragédia silenciosa. “Na última medição que foi feita antes da pandemia, ficou descoberto que 50% de todas as crianças brasileiras, que estão na escola, em idade de serem alfabetizadas, não são alfabetizadas na idade certa. E levam esse problema por toda vida escolar, tornando o sistema educativo mais difícil, finalizando a educação básica sem habilidades e competências necessárias” defende.

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