Acontece no período de 21 a 28 de agosto a Semana Nacional da Criança Excepcional. Essa celebração ocorre todos os anos, a mais de 50 anos, conforme o Decreto Nº 54.188 de 24 de agosto de 1964 e tem o intuito de contribuir na desconstrução do preconceito, promover a inclusão dessas crianças no ambiente pedagógico e social e colocar a sociedade em reflexão no dever da igualdade.
A excepcionalidade diz respeito a características individuais, intelectuais, sensoriais, motoras, distúrbios de comportamento, etc. O termo ‘’criança excepcional’’ pode ser usado para se referir a uma criança particularmente inteligente ou a uma criança com talentos pouco comuns. No entanto, o termo tem sido aceito para designar também, tanto a criança deficiente quanto a criança superdotada ou por demais talentosa.
Durante essa semana é importante ressaltar sobre a importância da inclusão na vida social e pedagógica dessas crianças. No Brasil em 1969, haviam mais de 800 escolas especializadas na educação de pessoas com deficiência intelectual. A educação especial começa a ganhar o caráter de inclusão, na década de 80, quando em 1988, o artigo 208 da Constituição Brasileira garantiu o atendimento, preferencialmente na rede regular de ensino, dos indivíduos que apresentam deficiências.
O maior desafio de lidar com a pessoas com deficiência é na verdade, o preconceito e a falta de acessibilidade que elas enfrentam. A professora e bibliotecária responsável pela Biblioteca da Associação Down de Goiás (ASDOWN), Keyla de Faria, ressalta isso.
‘’Os desafios ainda são respeitar esses direitos que foram adquiridos ao longo da história em um processo de muita luta e muito desafio. E hoje não basta ter leis, elas precisam ser implementadas e de uma vez por todas ser respeitado os direitos deles na saúde, educação, no lazer, na cultura, na moradia e em todos os âmbitos da sociedade’’, afirma.
Dados do IBGE de 2010 apontam que o Brasil tem cerca de 45 milhões de pessoas com deficiência. Destas, 3.905.235 são crianças de 0 a 14 anos e, com deficiência intelectual, também nessa faixa etária, são 391.266 crianças. Respeitar seus direitos é um dever de todos os cidadãos e se livrar do preconceito é fundamental na construção de uma sociedade justa.