O grau de poluição orgânica de rios e lagos pode ser obtido pelo cálculo da Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO). Trata-se de uma medida do consumo do gás oxigênio necessário para os microorganismos existentes na água realizarem a decomposição aeróbia da matéria orgânica presente nela. Normalmente a DBO é medida em laboratório a partir da coleta de amostras de água. Verifica-se nas amostras a quantidade de miligramas de gás oxigênio (O2) que está sendo consumido por litro de água na temperatura de 20ºC.
O rio ou lago que está extremamente poluído terá DBO com valor zero, isso atesta que não há mais oxigênio disponível no meio aquático, portanto, os seres vivos aeróbios que utilizam gás oxigênio para produzir energia necessária às suas atividades vitais não sobrevivem nesse ambiente, nem mesmo as bactérias aeróbias podem sobreviver, nesse ecossistema alterado deletereamente restam apenas as bactérias anaeróbias, de cuja atividade metabólica resulta o característico mau cheiro decorrente de gases poluentes.
Como a poluição da água dos rios, lagos, córregos e represas é um dos maiores problemas ambientais que afetam as cidades de grande porte, a água poluída organicamente com esgoto deve ser despoluída nas estações de tratamento. Inicialmente receberá uma carga de sulfato de alumínio para que ocorra a coagulação dos poluentes e numa próxima etapa a sujeira coagulada é misturada com polímeros que agregam toda a sujeira em grandes flocos. Para que o flocos de sujeira não se acumulem no fundo do reservatório injeta-se água limpa com microbolhas de ar no fundo, com isso, a sujeira se desloca para a superfície e posteriormente é recolhida.
Para despoluir a água contaminada com pesticidas, a pesquisadora Claudinéia Silva, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, em Piracicaba descobriu um método simples e de custo zero. O método consiste em secar as cascas de bananas maduras em forno a 60º durante um dia, ou deixá-las expostas ao sol durante uma semana, para depois triturá-las e peneirá-las. O pó obtido é misturado com a água contendo pesticidas, como “Atrazina” e “Ametrina”, muito usados, por exemplo, em plantações de cana-de-açúcar e milho. O resultado é excelente, pois 90% dos pesticidas são absorvidos pela biomassa de Banana. A grande vantagem é que qualquer pessoa pode usar essa técnica, sobretudo em regiões mais pobres que utilizam diretamente a água que recebe os pesticidas.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o uso de agrotóxico pode provocar infertilidade, impotência, desregulação hormonal, aborto, neurotoxicidade e câncer. Infelizmente desde 2009 o Brasil é o país que mais consome agrotóxico no mundo.O consumo médio mensal atual é estimado em 5,2 kg de veneno agrícola por habitante.