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Não foi desta vez

O mundo nunca este­ve tão perto de acabar quanto em 2017. Mas isso não diz respeito ao clima de tensão entre China e Esta­dos Unidos, tampouco com as crises políticas, socais e am­bientais que rondam o plane­ta há anos. O fim estava próxi­mo mesmo era nas previsões. Mal uma não se concretizava e já havia outra com data e ho­rário previstos. A Nasa chegou até a negar uma destas pre­visões, o que não quer dizer que tudo não foi levado como uma grande piada nas redes sociais, pois sobrou meme pra tudo quanto é lado. A se­guir tratamos de fazer uma re­trospectiva do fim do mundo, afinal não colidimos com ne­nhum planeta.

TUDO IA ACABAR EM 2013

Primeiro o numerólogo britâ­nico David Meade, autor do livro Planet X–The 2017 Arrival ("Pla­neta X–2014, a Chegada)", previu que o fim do mundo seria no dia 23 de setembro. O grande res­ponsável pelo grande fim seria o planeta Nibiru, também co­nhecido por Hercólobus, Plane­ta X ou o Segundo Sol. Ele é um planeta que, na mesma medida em que é “escondido” pela Nasa, também é conhecido pela inter­net e por quem curte uma boa te­oria da conspiração

A estimativa de David Meade foi baseada em passagens da Bí­blia e em superstições que ron­dam o número 33 – a quantidade de dias que marca o intervalo en­tre o eclipse solar de 21 de agosto, considerado um "presságio", e a data prevista para a colisão de Ni­biru. Para o numerólogo, o eclip­se que escureceu a porção nor­te do planeta foi a concretização de um presságio do profeta Isaí­as narrado no antigo testamento da Bíblia.

MAS, PERA. NÃO É ACABAR, É MUDAR

Dia 23 de setembro chegou e nada. Mas, David Meade re­fez os cálculos e remarcou o fim do mundo para o dia 15 de outu­bro. A nova data então se tornou 23 de setembro de 2017, que era o 33º dia após o eclipse total do Sol, que David considerou "uma pro­fecia incrível e um sinal assus­tador". Ele ainda cita o capítulo 12 do livro do Apocalipse de São João, em que "uma mulher vesti­da com o Sol, com a Lua sob seus pés e uma coroa de doze estrelas sobre sua cabeça dará luz". Cui­dado, esta parte contém spoiler: o mundo não acabou de novo.

Mas, a nova previsão não er­rou de tudo, já que, segundo o nu­merólogo, o mundo não iria mes­mo acabar e sim se transformar. “É possível que, no fim de outu­bro, estejamos prestes a entrar no período de tribulação de sete anos, para ser seguido por um milênio da paz". De acordo com ele terremoto no México e os fu­racões no Caribe estão todos rela­cionados à teoria do Planeta X.

NÃO, É 19 DE NOVEMBRO

Após as previsões de David não se concretizarem, um gru­po de astrônomos e sismólogos previu o fim do mundo para 19 de novembro. Desta vez, a jus­tificativa era de que dezenas de terremotos anunciariam o Ar­magedom. O culpado era nova­mente o planeta Nibiru, um pla­neta que já teria aparecido em textos sumérios, que habitava a antiga Mesopotâmia — onde hoje fica o Iraque.

Este corpo celeste estaria loca­lizado além da órbita de Plutão e se aproximaria do Sol a cada 3600 anos. Teoricamente, o planeta es­taria prestes a colidir com a Terra e causaria uma catástrofe épica que destruiria toda a civilização.

Logo, por seu histórico de previsões, o Nibiru ou Planeta X se confirmou em 2017 como um grande boato de internet, assim como a Nasa já havia pronunciado em 2012. "Se o Ni­biru ou Planeta X fosse real e se dirigisse à Terra, os astrônomos estariam seguindo ele há pelo menos uma década, e agora se­ria visível a olho nu. Obviamen­te, não existe", disse a agência espacial norte-americana.

NEM TUDO É PIADA

As previsões apocalipse na ver­dade sempre existiram e sempre vão existir. O médium Chico Xa­vier revelou em um de seus livros que o fim está estabelecido para o ano de 2019. E, Stephen Hawking, que é uma das mentes mais res­peitadas do mundo científico, também já fez suas previsões.

Para ele, a humanidade tem menos de 600 anos para deixar a Terra. Pois, de acordo com ele, se a humanidade não se tornar uma espécie espacial nos próximos cinco séculos, pode ser extinta. Segundo o cientista, o crescimen­to populacional e o aumento do consumo de energia transforma­rão a Terra em uma bola de fogo até 2600. "Estamos em um ponto crítico no qual o aquecimento glo­bal vai se tornar irreversível. Essa é uma das maiores ameaças que enfrentamos e que podemos pre­venir se agirmos agora", falou.

O cientista já disse temer o mal uso da engenharia genética, que pode criar vírus mais letais que armas nucleares. "No longo pra­zo, fico mais preocupado com a biologia. Armas nucleares preci­sam de instalações grandes, mas engenharia genética pode ser feita em um pequeno laboratório. Você não consegue regulamentar cada laboratório do mundo. O perigo é que, seja por um acidente seja algo planejado, criemos um vírus que possa nos destruir", disse o cien­tista.

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