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Colunista, LBP chega aos 90 anos

  • Pioneiro no colunismo, Lourival Batista Pereira trabalhou no Diário da Manhã, Folha e Goyaz, O Popular, Jornal Opção, Jornal da Segunda
  • Homem elegante, abusava dos ternos, com cortes especiais, gravatas italianas, sapatos lustrados, cabelos penteados à moda da época, barba bem feita
  • Com uma máquina Olivetti de cor verde, jornalista publicou ainda três livros. Álbum de Família, de 1983. Álbum de Família, de 2004. Como é bom viajar

Pioneiro do colunismo no jor­nalismo, em Goiás, Lourival Batista Pereira completou, no último dia 5 de janeiro, 90 anos de idade. Leitor compulsivo de jor­nais, ouvinte de rádio, amante das artes plásticas, entrou para a Histó­ria do Estado. Um homem elegante. Que abusava dos ternos, com cor­tes especiais, gravatas italianas, sa­patos lustrados, cabelos penteados à moda da época, barba bem feita. Um ‘gentleman’ dos séculos 20 e 21.

- O primeiro crítico de cinema em Goiás.

É o que ele informa ao DMRe­vista, o caderno de cultura do Diário da Manhã. LBP, como é conhecido, nasceu em Caldas Novas, Goiás. O jornalista é filho de Sebastiana Rosa do Carmo e João Batista Pereira. Rei do Colu­nismo em Goiás e no Centro-O­este do Brasil, um ícone, aterris­sou em Goiânia com 19 anos de idade. O seu início no jornalismo ocorreu em Anápolis, na Man­chester Goiana. Um jornal que ele mesmo fundara.

- De 1947 a 1953, exerci a fun­ção de crítico de cinema. Logo após, ingressei nos quadros de funcionários de O Popular, jor­nal de propriedade de Jaime Câ­mara.

De tradição iluminista, lançou no mercado editorial a revista Leia Agora. Mais: instalou a primeira galeria de artes plásticas comer­cial do Estado de Goiás. Ela fun­cionava na Avenida Goiás com a Rua 2, Centro. O primeiro andar inteiro do Edifício Carlos Chagas. Com obras de artistas como Siron Franco, Frei Nazareno Confalo­ni, DJ Oliveira, Juca de Lima, Octo Marques e Gustav Ritter. A galeria de arte comercial funcionou do ano de 1972 até 1985.

Multimídia, ganhou um pro­grama na televisão. A extinta TV Tupi. Uma espécie de talk-show. Lourival Batista Pereira fez rá­dio também. Um jornalismo di­ário que ia ao ar de segunda a sexta-feira, sempre às 22h, na Rádio Clube. Vinte anos de his­tória. LBP é um torcedor apaixo­nado do Vila Nova Futebol Clu­be [GO], primeiro tetracampeão goiano, e do Santos Futebol Clu­be [SP], com a magia de Pelé, o Rei do Futebol, maior craque da história mundial.

Com uma máquina Olivetti de cor verde, LBP manteve colunas, em épocas diferentes, nos jornais O Popular, Diário da Manhã, Folha de Goyaz, Jornal Opção. Assim como nas revistas People, Goiás Ilustrado e Brasil Ilustrado. Mais: no semaná­rio Jornal da Segunda, que virou Tri­buna do Planalto, de propriedade do empresário Sebastião Barbosa.

- Concursado da CEF, aposen­tei-me. Continuei, porém, no jor­nalismo.

Com uma máquina Olivetti de cor verde, jornalista publicou ain­da três livros. Álbum de Família, de 1983. Álbum de Família, de 2004. Como é bom viajar.

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