Pela proximidade da língua, colonização e baixo custo de vida, Portugal é o novo alvo para os investidores em imóveis do Brasil. A crise financeira de 2008, em Portugal, também ajudou para que os preços de casas e apartamentos tivessem uma queda. Os valores hoje encontrados são, em média, de 1 milhão de euros, ou seja, R$ 3,5 milhões de reais em apartamentos de 100 metros quadrados em Lisboa, um dos destinos mais procurados pelos investidores brasileiros. “Temos visto o aumento de clientes que estão procurando operações com o Euro. Portugal já é nosso 2° maior mercado, perdendo apenas para os EUA”, afirma Fernando Bergallo, diretor de Operações da FB Capital, maior assessoria de câmbio do país especializada em imóveis.
Segundo dados oficiais, do total de compras de imóveis por brasileiros no exterior, EUA lideram com 39,8%, seguidos por França com 10,2% e Portugal já ocupa a 3° posição com 8,7%. Outra vantagem que os brasileiros encontram para ter um imóvel em Portugal, além da língua em comum, é o baixo custo para a manutenção dos empreendimentos, além de não precisarem de visto, nem de cidadania europeia para adquirir o bem. Apenas ter posse de um imóvel com a intenção de morar faz com que consigam o visto permanente. Diferente dos Estados Unidos, e acostumado com a burocracia que existe em visitar o país americano, Bergallo acredita que essas vantagens fazem com que os investidores escolham Portugal: “Temos feito grandes transações neste país e acredito que a facilidade em adquirir um imóvel e até o visto permanente ajudam o investidor a trocar os EUA pela Europa”.
A mudança na escolha dos países para adquirir um imóvel não ocorre somente com os investidores brasileiros. Celebridades como o ator brasileiro Pedro Cardoso, decidiu no ano passado sair do Brasil e ir morar em Portugal. Em entrevista a uma rádio, o ator disse que por já ter uma casa no país decidiu fazer a mudança após o encerramento da série A Grande Família. Percebendo a diferença cultural, Pedro Cardoso elogiou a forma de viver dos portugueses e tem admirado os serviços públicos, que o levou a comparar a forma de viver dos portugueses com a dos brasileiros: “Não sinto tanta ansiedade em ganhar dinheiro, morando em Portugal, como sentia, morando no Brasil. Isso por que há bons serviços públicos no país europeu. O brasileiro sente uma ganância em ganhar dinheiro para sair da dependência do Estado e do Poder Público”, explica.