No último dia 14, a repórter Bruna Dealtry, do canal Esporte Interativo, foi beijada à força por um torcedor durante a cobertura de uma partida de futebol. O evento aconteceu no Rio de Janeiro, e a jornalista para manter o profissionalismo, comentou apenas que aquilo ‘não era legal’ e continuou o link.
Um situação semelhante aconteceu poucos dias antes com a repórter Renata Medeiros. Ela foi ofendida e agredida fisicamente por um torcedor, enquanto cobria uma partida entre o Grêmio e o Internacional para a Rádio Gaúcha. O mais recente caso aconteceu no último domingo (25/03), quando um torcedor foi expulso do estádio depois de ofender a repórter Kelly Costa, que trabalhava na transmissão da semifinal do Campeonato Gaúcho para a RBS TV.
Episódios como esses estão se tornando mais frequentes com mulheres que escolhem o jornalismo, seja ele o esportivo ou não. Com isso, no último final de semana uma hashtag começou a aparecer no Twitter e também no Instagram: #DeixaElaTrabalhar. A campanha, Deixa Ela Trabalhar, já conta com cerca de 50 profissionais femininas de todo o Brasil, e tem como objetivo a luta contra o desrespeito na profissão, seja a mulher jornalista, atleta ou bandeirinha.
Artistas, estádios e até mesmo clubes de futebol já se manifestaram nas redes sociais em apoio ao movimento. Na semana do Dia Internacional da Mulher, alguns times também fizeram homenagens para promover o respeito. No ano passado, também foi lançada a campanha Jornalistas Contra o Assédio. O estopim para a mobilização foi o caso da repórter Giulia Pereira, do site IG, assediada pelo cantor MC Biel durante uma entrevista, e demitida 14 dias após a denúncia do caso.
Confira o vídeo da campanha: