Verônica Einloft é uma dos 20 artistas convidados para participar do festival Made in Brazil, no Consulado-Geral do Brasil, em Los Angeles, a partir de 31 de maio. A obra escolhida pela curadoria do evento, Flor de Ouro, faz parte da primeira instalação da artista, Pedra Sendo, apresentada em São Paulo.
A artista se inspirou na escola Neoconcreta e na litosfera, camada sólida mais externa de um planeta rochoso, para produzir as 21 obras dessa coleção. Criados parcialmente de forma digital, com representação física, que vai além da escolha de proporções e materiais, usados muitas vezes em seu estado bruto.
O evento póstumo, homenageará o pintor, gravador, desenhista e artista multimídia falecido em 2016, Ivald Granato. Um dos objetivos do festival, que será exibido na Galeria Vinícius de Morais – dentro do próprio Consulado-Geral–é ‘se apropriar da arte como ponte de ligação entre dois polos criativos de extraordinária relevância mundial, São Paulo (Brasil) e Los Angeles (EUA)’. A experiência multi-sensorial, mescla artistas contemporâneos com as mais variadas técnicas, estilos e formatos como: Antonio Peticov, Claudio Tozzi, Caciporé Torres e Dalmau.
SOBRE A ARTISTA
A paulistana Verônica Einloft bebe de todas as fontes que a fazem sentir. Mobiliário rococó, arquitetura modernista, a biomimética da engenharia, o art deco e sua implacável geometria: suas inspirações são vastas e ocupam um imaginário em constante expansão. Formada em Design de Interiores pela Universidade de Artes de Londres e pela Escola Panamericana de Artes, em São Paulo, Verônica não parou de estudar desde que abandonou sua carreira de advogada e decidiu ouvir o seu propósito artístico.
História da arte, marcenaria, tapeçaria, visualização arquitetônica, estampas, texturas e revestimentos. Construiu seu repertório com base na sua paixão pelo processo, pela matéria e pelo objeto. Uma espécie de sincretismo criativo que começa, antes de nada, na própria natureza. De sua formação como designer de ambientes 3D, consolidou um olhar espacial apurado e o encanto pela criação digital. De sua experiência como designer de interiores, trouxe o desejo de fazer a beleza ressoar no corpo. Suas obras são singulares e carregam consigo a impecabilidade e o imaginário da criação digital, aliadas à imperfeição e imprevisibilidade dos materiais com os quais decide trabalhar. Pedra sendo é sua primeira exposição. Um convite a um mergulho no universo lúdico onde a pedra e o bit desempenham a mesma função: ocupar espaços com proporções inventadas para nos (re)apresentar o desconhecido.