Em apenas um século a expectativa de vida do homem saltou de 45 anos para algo em torno de 70 e 80 anos de idade. Entretanto, isso não gerou uma superpopulação no mundo, porque junto com o aumento da expectativa de vida do homem surgiram também mudanças socioculturais que abriram novas perspectivas de carreiras profissionais e , consequentemente, de necessidades de planejamento familiar.
Pesquisas informais com as populações de diversos países revelaram que a maioria das pessoas pensa que a morte é um fenômeno natural, e que inclusive dá sentido à vida. Mas a maioria dos cientistas que atuam na biologia molecular voltada à pesquisa sobre o envelhecimento do organismo não compactua com esse pensamento, e pensa que a ciência via conseguir a cura para o envelhecimento, ou seja, concebem que, envelhecer não é natural, e sim uma doença ainda incurável, mas suscetível à cura.
Como a população oscilou em torno de 1 milhão de habitantes durante a maior parte da história humana, os cientistas estimam que 6% de todos os seres humanos que já pisaram sobre a crosta terrestre estavam vivos no ano de 2002. Isso é compreensível, com base no fato de que apenas nos últimos 300 anos ocorreu um acentuado crescimento na população mundial, coincidindo com o advento da revolução industrial e os avanços da medicina.
No século XX, entre 1950 e 1992, a população saltou de 2,5 bilhões para 5,5 bilhões. Atualmente está torno de 7 bilhões, e a cada ano cerca de 79 milhões de novos seres humanos são acrescentados na população mundial.
No final do século XVIII o economista Thomas Malthus dizia que a produção de alimento cresce linearmente, ao passo que o crescimento da população deve crescer de forma exponencial. Em decorrência, em algum momento a escassez de comida seria inevitável, gerando rebeliões e guerras. Ele imaginou que isso ocorreria em meados do século XIX. Contrariando suas previsões, houve um grande aumento de produção de alimentos, pois novas terras foram descobertas e colonizadas. Outra previsão de um colapso global foi apontada para o ano de 2000. Dessa vez a chamada revolução verde promoveu um aumento exponencial na produção de alimentos. O superávit de alimentos superou o crescimento da população.
A próxima data sinistra é 2030, e foi sugerida por um dos principais cientistas do governo do Reino Unido prevê escassez de energia e alimento. Lester Brown, um dos mais conhecidos ambientalistas do mundo, o fundador do World Watch Institute, em Washington, chegou a dizer que o mundo talvez não teha condições materiais para proporcionar o mesmo estilo de vida norte-americano para a gigantesca classe média que emergirá na China e na Índia.
Se os prognósticos da Genética Molecular, em parceria com computação avançada, estiverem corretos, um novo problema precisará ser inserido na equação necessária ao equilíbrio entre o tamanho da população mundial e a disponibilidade dos recursos do planeta – O prolongamento da vida humana por centenas, talvez milhares de anos, talvez tempo ilimitado. O futuro é uma incógnita.