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Exposição coletiva em São Paulo apresenta obras de Tarsila do Amaral

Tarsila do Amaral (1886–1973) foi uma pintora modernista brasi­leira e uma das figuras centrais da pintura e da primeira fase do mo­vimento modernista no Brasil, ao lado de Anita Malfatti. Seu qua­dro Abaporu, de 1928, inaugura o movimento antropofágico nas ar­tes plásticas. Obras da artista estão disponíveis ao público em uma plataforma totalmente nova, em arazzos, tecidos à mão, na expo­sição coletiva Manifesto Tramas das Artes, promovida com muita expertise e alma avant-garde pela By Kamy até 15/09, em São Paulo.

Sob a curadoria da psicóloga e escritora carioca Daniella Bauer, que reuniu peças de artistas con­sacré – além de Tarsila do Amaral – Gilvan Samico, Niobe Xandó, Di Cavalcanti, Luisa Editore, Mónica Millán e Nicole Tomazi. A exposi­ção, que promove a transição en­tre o design têxtil e a arte contem­porânea, mostra um novo ideal sobre a arte em uma sociedade volante e volúvel.

Movida pela pergunta que não quer calar, o que é arte? Da­niella mergulhou com maes­tria no universo único e parti­cular de produções artísticas e em seu mercado esférico para trazer à tona essa resposta. “A arte é uma maneira de traduzir e manifestar o que compreen­demos ou não, o que enxerga­mos, sentimos, tocamos, cheira­mos, escutamos ou intuímos o que nos revolta, o que nos cala, o que precisa ser dito. Ela é aci­ma de tudo um modo de que­brar paradigmas e estabelecer o novo”, expressa a curadora.

De acordo com Daniella, se­ria purismo crer que a arte pos­sa simplesmente ser, pois nada é desprovido de significado. “Aquilo que é aparente está em constante transformação, por­tanto cabe aos artistas atribuí­rem significados, materializar a ideia, dar corpo ao que é eté­reo. O mundo contemporâneo exige uma transfiguração cons­tante e uma capacidade adapta­tiva inesgotável. Em consonân­cia a isso, a By Kamy tenciona, unindo as duas artes, estabele­cer um novo modelo que a prin­cípio pode causar desconforto, mas indubitavelmente trará mu­danças em acordo com o tempo atual”, explica Daniella.

“Quero ser a pintora do meu país”

Tarsila do Amaral (1886-1973) foi uma pintora modernista bra­sileira. O quadro Abaporu, pinta­do em 1928, é sua obra mais co­nhecida. Junto com os escritores Oswald de Andrade e Raul Bopp lançou o movimento Antropofá­gico, que foi o mais radical de to­dos os movimentos do período Modernista. O Movimento foi ins­pirado no quadro Abaporu que significa antropófago (que come carne humana) em tupi. Sobre seu quadro, Tarsila diz: “Essa figu­ra primitiva e monstruosa nasceu de um sonho.” Tarsila ofereceu esse quadro ao marido Oswald de Andrade, como presente de ani­versário. Tarsila do Amaral nas­ceu na Fazenda São Bernardo, no município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha de José Estanislau do Amaral Filho e Lydia Dias de Aguiar do Ama­ral. Era neta de José Estanislau do Amaral, que em razão de ter acu­mulado fortuna adquirindo fa­zendas no interior de São Paulo, foi apelidado de “milionário”. Seu pai herdou apreciável fortuna e di­versas fazendas, nas quais Tarsila passou a infância e adolescência.

EXPOSIÇÃO MANIFESTO TRAMAS DAS ARTES

Data: Até 15/09

Horário: Segunda a sexta, das 10h às 19h e sábado, das 10h às 15h

Entrada: Gratuita

Endereço: By Kamy Maison - Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1147, São Paulo – SP

www.bykamy.com.br

(11) 3081-1266

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