O que incomoda mais as pessoas não é a evidência de mudança no clima mundial, e sim o fato de não haver certeza e convicção plena de que tudo isso resulta das emissões de gases de efeito estufa, da destruição das florestas e da poluição dos ecossistemas pertencentes ao limnociclo e talassociclo. É claro que todas essas atividades antrópicas estão em descompasso com a imperiosidade da atuação das três leis fundamentais da sustentabilidade, ou seja, a energia solar captada pelos produtores (algas e plantas), a biodiversidade e a reciclagem da matéria. Entretanto, não há uma convicção plena e unânime entre os estudiosos, quanto ao fato de serem as causas de mudanças globais no clima planetário. Infelizmente, os mecanismos determinantes do clima da Terra ainda não foram totalmente desvendados. A pergunta que está sendo feita em todos os quadrantes, é a seguinte: as mudanças bruscas, como as oscilações de calor para frio e de frio para calor, em tão pouco tempo, atestam uma mudança geral no clima da Terra?
Bem, os cientistas não arriscam dizer ao certo, mas um poderoso computador do centro meteorológico de Bracknell, em Londres, o CRAY YMP8/864, com capacidade de análise estimada como um milhão de vezes superior às análises humanas, projetou um quadro sombrio e aterrador para o século XXI, segundo o “CRAY” haverá o superaquecimento do globo terrestre. As calotas polares serão completamente descongeladas elevando o nível e a temperatura dos oceanos. O sul da Europa e a região central dos Estados Unidos serão atingidos por secas. Regiões que atualmente apresentam clima frio e chuvas passarão a ter clima quente e seca, e onde hoje há clima quente e seca, haverá frio e chuva. Alguns climatologistas admitem que a atmosfera se autorregula, eles adotam o modelo de James Lovelock proposto na “Teoria de Gaia”. Acreditam que as mudanças bruscas em alguns locais do globo estão dentro de uma normalidade, pois seriam manifestações desta autorregularão.
A atmosfera é uma espécie de termostato planetário, pois regula a entrada de calor na Terra e o emite provocando a dinâmica das massas de ar com suas quantidades variáveis de vapor de água e consequentes precipitações. A energia solar interage continuamente com o regime de chuvas no planeta, portanto,possui grande relevância na expressão do clima planetário.