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Um asteróide, capaz de destruir cidades, passou próximo da Terra na última quarta-feira(24/07). Os responsáveis pela detecção do objeto foram astrônomos brasileiros do Sonear, observatório localizado em Oliveira (MG). O asteróide passou a cerca de 73 mil quilômetros do nosso planeta, ou seja, apenas 1/5 da distância até a Lua. Em uma escala astronômica, isso seria chamado de 'por um triz'.
O Washington Post, publicou uma matéria com dados da NASA, onde informou que o asteróide 2019 OK, que tem o tamanho estimado entre 57 a 130 metros de largura, não estava no radar dos cientistas e aparentemente apareceu 'do nada'.
Para José Leonardo Ferreira, professor do Instituto de Física da Universidade de Brasília (UnB), a descoberta de um asteroide tão perto do momento de passagem é, sim, motivo de preocupação. Ele lembra o episódio de 2013, em que um asteroide de 15 a 20 metros caiu na cidade russa de Chelyabinsk. O objeto, ao se desintegrar, gerou uma explosão mais potente que a bomba de Hiroshima, danificou prédios e deixou mais de mil pessoas feridas, algumas com queimaduras. "E esse era um asteroide de pequeno", ressalta.
Segundo Cristóvão Jacques, sócio-diretor do centro de pesquisa, entre a Terra e a Lua, os cientistas conseguiram mapear cerca de 20 mil desses corpos próximo à Terra. Mas, com esses 20 mil, não há com o que se preocupar, garante Cristóvão Jacques. "Não há perigo de colisão. os não conhecidos é que preocupam". "É importante que se faça essa observação, porque um asteroide de 50 metros pode destruir uma cidade inteira. Porque não é só o tamanho que importa, mas a energia (que sua explosão libera)", completa.
