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Globo pode perder o monopólio de transmissão do Carnaval do Rio de Janeiro

Faltando apenas sete meses para o Carnaval 2020 e para tradicional transmissão da folia na Globo, a Liga responsável por administrar a festa no Rio de Janeiro, não definiu quantas escolas irão desfilar no ano que vem, uma vez que Jorge Castanheira, o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) renunciou e até agora o cargo está vago, segundo o colunista Leo Dias.

Devido a este impasse até o momento a TV Globo não liberou o dinheiro para dar inícios aos trabalhos nos barracões das escola de samba. Dias informou que a verba é liberada sempre no mês de julho, no entanto até agora não foi assinado o contrato de transmissão, com isso os 2 milhões de reais para cada escola ainda não foi liberado. Ao se pronunciar sobre o assunto, por meio de nota, a Globo diz que aguarda um interlocutor.

Globo X Crivella

Desde que Marcello Crivella, evangélico, assumiu a prefeitura do Rio de Janeiro, o dinheiro público para a festa do Carnaval ficou escasso. Segundo ele a verba favorece a rede Globo, uma das empresas que mais lucram com a folia. Com isso, segundo o colunista, o gestor quer abrir uma licitação e tirar do jogo do bicho o controle do Carnaval. Crivella diz que já há três grandes empresas interessadas mas essas mudanças só aconteceriam para o Carnaval de 2021.

Uma das exigências do prefeito é que nesta nova empresa criada para administrar o Carnaval, o monopólio da transmissão seja retirado da TV Globo. Com isso, sem a verba, os barracões das escolas estão fechados. Algumas sequer conseguiram fechar seus compromissos em relação ao desfile deste ano com funcionários e fornecedores. Essas escolas pedem uma definição rápida com a emissora.

Há alguns anos a Liga das escolas de samba conversa com a Globo para que a emissora trate o Carnaval como trata, por exemplo, o futebol, mas são universos diferentes, segundo Dias. Uma das exigências da emissora para que a verba para escolas seja liberada é que a exposição de qualquer marca em toda a Marquês de Sapucaí fique proibida. Com esses problemas, quem mais perde é a população, uma vez que a qualidade da folia carioca fica sucateada.

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