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Elden Ring chega com recorde de notas e evolução do estilo soulslike

Lançamento mais esperado dos videogames dos últimos anos, "Elden Ring" chega hoje nas lojas com um hype jamais visto em um pré-lançamento: o Metacritic (agregador de notas internacionais) dá até agora ao jogo 95 de 100 pontos, o assunto é trend no Twitter, no Google e motiva lives de até 24 horas seguidas.

Trata-se de uma das maiores notas dos últimos anos, mesmo sem o lançamento oficial, mas é fato: existe muita histeria para pouca análise equilibrada e técnica. Um jogo de quase 60 horas precisa de avaliação mais ponderada e calma. Não é o que se vê dentre os "especialistas" cooptados, uma vez que muitos dão notas interessados em motivações financeiras e programadas para criar ondas nas redes.

Jogo da Fromsoftware, produtora japonesa que criou um estilo de game [ o soulslike ], "Elden Ring" é herdeiro espiritual de uma tradição que começou em 2009 com "Demon's Souls", seguiu em frente com a franquia "Dark Souls" (2011) e foi mais adiante com a mesma fórmula (mais variações) em "Bloodborne" (2015) e "Sekiro: Shadows Die Twice" (2019).

Existe muita mística nesta espécie de jogo, já que o soulslike não tem as facilidades de partidas como "Uncharted" ou "The Last of Us", em que até mesmo um iniciante pode seguir adiante e, quem sabe, "zerar" o game.

A regra de ouro deste segmento "soulslike" é a brutal dificuldade. Dois danos bem sofridos e...Morreu! É assim que aparece na tela. E você começa o jogo distante de onde parou. Em "Demon's Souls", por exemplo, o player volta para o início mesmo, de fora do palácio Boletaria. É impiedoso.

"Elden Ring" chega para misturar este estilo hard core criado por Hidetaka Miyazaki com o "mundo aberto", cenas que dão ao jogador sensação ilimitada de mobilidade. A combinação parece perfeita. A narrativa é nebulosa e pode ser criticada exatamente por ser hermética - ou simplória, como em "Demon's Souls" e "Bloodborne". Mas pode ser elogiada por ter a assinatura de George R. R. Martin, criador de "Game of Thrones".

Segundo a Fromsoftware, o jogo, distribuído pela Bandai Namco, se passa no reino das Terras Intermediárias após a destruição do anel "Elden Ring". Este anel se dispersou. E quem tem um pedaço vive corrompido pelo poder. A premissa é atravessar o reino para juntar o anel e, assim, recuperar a humanidade. No meio disso, muito combate.

Em "Elden Ring" sobram caminhos, conforme se pode ver nas primeiras gameplays. Existem palácios, calabouços, florestas, etc.

"Elden Ring" manteve o estilo de aventura, jogador em terceira pessoa e cenários amplos (agora mais ainda: aberto). Segue com combates viscerais e dificultosos. Mistura os dragões de "Demon's Souls" com os animais raivosos de "Bloodborne".

Desta vez, a inspiração medieval contida em "Dark Souls" e "Demons Souls" continua - ao contrário de "Bloodborne", fincado na Europa gótica, ou em "Sekiro", no Japão antigo. Mas o player tem liberdade de escolher para onde ir no imenso mapa constituído pelo game design. E como fazer isso? Bem, a lembrança imediata é de Agro, o cavalo de "Shadow of the Colossus". É com um cavalo que se percorre o mapa.

O hype se sustentará? É a pergunta. "Bloodborne", até agora a melhor nota da Fromsoftware, novo e lacrado, é hoje vendido a R$ 50 nas lojas. Um dia foi trend e caro. "Elden Ring", então, vale R$ 250? A experiência de outros casos indica que não. Verdadeiros clássicos, com o tempo, isto sim, ficam mais caros. É esperar para ver como envelhecerá a moda do verão.

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