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Creed III compensa conveniências de roteiro com atuações consistentes.

O embate entre Michael B. Jordan e Jonathan Majors eleva o drama e ação em Creed III.

Confronto entre Michael B. Jordan e Jonathan Majors convence quando precisa. Confronto entre Michael B. Jordan e Jonathan Majors convence quando precisa.

Creed III destaca que o filme continua a construir sobre o sucesso da franquia, mantendo o foco na caracterização autêntica e na narrativa emocional. Embora o roteiro possa ser conveniente em alguns momentos, a atuação convincente de Michael B. Jordan e Jonathan Majors mantém a tensão do filme em alta. A análise também reconhece que a franquia Creed teve sucesso em reinventar a série Rocky ao mudar o cenário para uma comunidade negra em Los Angeles, mostrando que o poder da franquia não está apenas na fórmula do filme de boxe, mas na força dos personagens e suas histórias. No geral, a crítica vê Creed III como uma continuação digna da franquia e um exemplo de como reinventar uma franquia com sucesso.

A franquia a não contar com a presença de Sylvester Stallone na tela, e que o diretor e protagonista Michael B. Jordan abraça uma nova mitologia já estabelecida, sem depender da nostalgia dos filmes anteriores. Jordan conta uma história de acerto de contas com o passado que é totalmente independente do que se viu em Rocky, e os flashbacks da formação dessa mitologia são apresentados sem a necessidade do molde original. A crítica elogia a coragem de Jordan em assumir o papel de diretor e levar a franquia em uma nova direção, mantendo a autenticidade da caracterização e explorando novos temas. No geral, a crítica vê Creed III como um passo corajoso para a franquia, mostrando que ela ainda tem muito a oferecer mesmo sem os personagens icônicos dos filmes anteriores.

Observa que o filme se mantém firme em sua ênfase na caracterização dos personagens, mesmo que às vezes flerte com a caricatura. O "núcleo rico" de onde veio Adonis é ainda mais evidente neste filme, com as colinas de Hollywood servindo de cenário para muitas cenas. A tipificação de Adonis como magnata do esporte, com sua mansão extravagante e seu copo de conhaque francês, é importante para a construção do antagonismo com o vilão da vez, o ex-detento Dame interpretado por Jonathan Majors. A crítica elogia a atuação de Majors, que traz complexidade ao personagem e eleva o embate entre ele e Adonis. No geral, a crítica vê a caracterização consistente dos personagens como um ponto forte do filme, que ajuda a manter a tensão e o interesse da história.

Os melhores momentos dramáticos do filme não acontecem dentro do ringue, mas sim nas trocas de diálogo entre os personagens, que colocam as caracterizações em evidência. O filme é habilidoso em estimular respostas sensoriais do espectador, graças às pequenas nuances que acontecem em cena, como as cenas em que Jordan e Tessa Thompson se comunicam em linguagem de sinais, ou a conversa intensa entre Adonis e Dame na lanchonete, que é cheia de palavras não-ditas e deixa espaço para o espectador preencher as lacunas do acerto de contas. A crítica elogia a habilidade de Michael B. Jordan em conduzir essas cenas com sutileza e emoção, e destaca que elas ajudam a dar profundidade aos personagens e tornam a história mais envolvente.

Apesar da habilidade de Michael B. Jordan em dirigir as cenas dramáticas, a crítica de Creed III aponta que o roteiro não ajuda quando a trama precisa ser tocada adiante. A virada forçada de Dame para Oponente Odioso acontece por uma necessidade de roteiro, e nessas horas as peças da caracterização começam a balançar. A crítica elogia a performance de Jonathan Majors, que segura seu personagem no braço e ganha estatura no filme mais pela presença cênica invejável do ator, sempre muito consciente corporalmente, do que pelo texto que lhe é entregue. De qualquer forma, a crítica destaca que o confronto final no ringue irá resolver todas as questões pendentes e trazer a ação que os fãs da franquia esperam.

A abordagem estética de Jordan em relação às cenas de luta de Creed III, com seus visuais quase oníricos e elementos de animação japonesa, pode ser vista como uma licença poética interessante que traz uma nova perspectiva ao já saturado gênero de filmes esportivos. Além disso, é importante destacar que o uso de tecnologia de computação gráfica para criar cenários e sequências mais impressionantes é uma tendência já estabelecida na indústria cinematográfica há anos, mas muitas vezes é subutilizada. Nesse sentido, a escolha estética de Jordan pode ser vista como uma tentativa de inovar e trazer algo novo para o gênero. Mesmo com os limites do roteiro, a abordagem visual de Jordan certamente merece elogios e demonstra um talento promissor como diretor.

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