Dani Calabresa usou suas redes sociais, na tarde desta quarta-feira (9), para comemorar a decisão do Ministério Público do Rio de Janeiro, que ofereceu denúncia ao Tribunal de Justiça do Rio contra Marcius Melhem por assédio sexual a três atrizes.
Eu comunicado publicado em seu perfil no Instagram, a atriz e humorista comentou sobre o novo momento da investigação e chamou o ex-diretor de assediador. "A decisão do Ministério Público de denunciar meu ex-chefe por assédio sexual é um reconhecimento da seriedade das acusações apresentadas pelas vítimas. Um segundo reconhecimento, porque a TV Globo já havia demitido-o por conduta inadequada após eu levar o caso ao complice da emissora no início de 2020", iniciou ela.
Na sequência, Calabresa lamentou o arquivamento de oito processos, incluindo o movido por ela. "É uma pena que alguns casos tenham sido arquivados porque os crimes já prescreveram. No meu caso, eram duas acusações: uma de assédio sexual e outra de importunação sexual, que é um crime ainda mais grave. Só que a importunação aconteceu em 2017, e isso só passou a ser oficialmente um crime em 2018. E o assédio infelizmente também já prescreveu", acrescentou.
Para a atriz, Melhem atacou a reputação das vítimas nos últimos anos para "ganhar tempo" e conseguir o arquivamento das denúncias. "Foi por isso, para ganhar tempo e apostar na prescrição, que o assediador passou os últimos anos atacando a reputação de suas vítimas. O que importa, para mim e para todas as mulheres que tiveram a coragem de falar, é que o assédio foi reconhecido pelo Ministério Público. Continuo a confiar na justiça, apoiar essas 3 mulheres tão corajosas e estarei sempre ao lado delas. Nada justifica o assédio!", finalizou.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) protocolou uma denúncia contra o humorista pela suposta prática contínua de assédio sexual envolvendo três vítimas. O processo penal foi ingressado na sexta-feira, 5, e posteriormente admitido pelo Juízo da 20ª Vara Criminal nesta terça-feira, 8. De acordo com comunicado do MP, a apuração referente ao caso de importunação sexual praticado contra uma das vítimas foi encerrada devido à expiração do prazo para punição dos eventos. De forma similar, as averiguações relacionadas a outras cinco pessoas que relataram assédio sexual também foram arquivadas devido à prescrição.
O MP tem um prazo de quatro anos para encaminhar a acusação ao judiciário, o que implica que Melhem somente será responsável por enfrentar as alegações de assédio supostamente ocorridas no término de 2019. O caso segue em segredo de Justiça.