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Encontro de Tribos

Diário da Manhã

Publicado em 2 de fevereiro de 2018 às 22:54 | Atualizado há 4 meses

Ao perceber as diversas formas de expressão cul­tural no Brasil surge uma dúvida. Por que esse país é tão diversificado no que se refere a sociedade? Podem dizer que tudo começou na invasão dos portugueses, princípio da mis­cigenação étnica. Ou afirmar que esses atos surgiram com a chegada de imigrantes. Enfim, de fato todos esses fatores con­tribuíram para a formação de uma cultura “brasileira”. Pen­sando assim, não interessa mui­to pensar de onde vem, mas sim celebrar e reinventar a própria cultura, misturando, tendo em vista que a cara desse povo é a representação dessa mistura.

No interior de Goiás, canto­res do sertão brasileiro apre­sentaram nas composições a vida agrária, mas isso não re­presenta a totalidade do povo goiano, muito pelo contrário. Na capital, Goiânia, no come­ço da década de 90, um espa­ço cultural serviu de berçário para jovens que se viam fora desse eixo sertanejo. O rock no Martim Cererê tirou mui­tos jovens das mãos protetoras da família para colocar no seio da rua. Uma representação não só cultural, mas também so­cial do desencaixe das pesso­as nesse cenário atual. Apesar disso não existe uma negação dessa origem sertaneja, tudo isso serve de influência, ou me­lhor, de alimento. Provando que o Brasil, além de grande, é rico em cultural regional.

Essa confluência de estilos, portanto, não compete entre si, apesar de muitas discussões se iniciarem nestes assuntos. Eventos culturais procuram justamente essa relação, como por exemplo o Todas As Tribos, realizado neste fim de semana no Centro Cultural Martim Ce­rerê. A ideia central do festival é trazer para o palco bandas do cenário regional que ainda não tem tanta oportunidade ou estão começando. A progra­mação do festival conta com atrações do cenário nacional, como o Tributo ao Ingwie Mal­msteen, com Edu Ardanuy e banda e o lendário guitarrista Robertinho de Recife, com seu Metal Mania. O guitarrista Edu Ardanyu também fará um cur­so chamado “Improvisando sem Mistérios”, onde falará so­bre improvisação e técnicas de solo de guitarra.

SHOWS

O festival terá apresentações das bandas Locomotiva Pensan­te, Abluesados, Pó de Ser, Krig Há, U2 Cover, Dr Kong, Krakkenspit, Sunroad, Mugo e Overfuzz.

 

Yngwie Malmsteen Tribute

O mundo das guitarras nunca mais foi o mesmo de­pois de conhecer o sueco Yngwie J. Malmsteen. Seu furioso estilo neoclássico e timbre inconfundível trans­formaram todas as gerações de guitarristas que viriam a seguir, estabelecendo novos padrões de estilo e técnica ao longo de sua carreira de quase 40 anos.

Unidos pela paixão em co­mum pela música de Yngwie, quatro dos mais reconheci­dos músicos do país se reuni­ram para homenagear a car­reira e legado do guitarrista. Edu Ardanuy (Dr. Sin, solo), Felipe Andreoli (Angra, 4Ac­tion, Kiko Loureiro), Bruno Sutter (Detonator e as Mu­sas do Metal, solo) e Alexan­dre Aposan (New ID, Oficina G3) prepararam um repertó­rio que passa pelas melhores fases da carreira de Yngwie, revisitando os maiores clás­sicos de maneira fiel.

 

 

Edu Ardanuy

Edu Ardanuy nasceu em São Paulo (Brasil) em 20 / 06 / 67, influenciado por bandas como Deep Pur­ple, Led Zeppelin, Rush e Van Halen, entrou na cena do rock brasileiro no fi­nal dos anos 80, hoje considerado uma referencia da guitarra brasileira. Em meados de 1991 junto aos irmãos Andria e Ivan Busic formou a banda Dr. Sin da qual faz par­te até hoje. O Dr. Sin conseguiu seu 1º contrato em 1992 quando se aventuraram em uma viagem para New York (EUA) distribuindo sua demo tape para uma série de gra­vadoras e tocando em alguns bares. Após alguns meses de trabalho conseguiram um contato com a gravadora Warner e acabaram fechando um contrato internacio­nal para a realização do 1º álbum intitulado Dr. Sin (1993). Depois vieram os álbuns: Brutal (1995), Insi­nity (1998), Alive (1999), Dr. Sin II (2000) este com a participação do americano Mike Vecera as­sumindo os vocais. Voltando a formação ori­ginal gravaram em 2003 um projeto com CD e DVD intitulado 10 anos ao vivo.

 

 

Robertinho de Recife

Considerado um dos melho­res guitarristas do Brasil, sua trajetória no universo da mú­sica popular consagra-o como profissional de múltiplos talen­tos e iniciativas. Começou a to­car ainda menino, sendo logo apontado como guitarrista pro­dígio. Aos 12 anos, já considera­do virtuose, apresentava-se to­cando até com os pés. Ainda como aluno de seminário, es­tudou música sacra.

No final dos anos 1960, acom­panhou alguns ídolos da Jovem Guarda, como Rosemary e Jerry Adriani. Tocou em bandas pop nos Estados Unidos e também em transatlânticos em cruzeiros pela costa brasileira, sendo soli­citado em modalidades como o blues, o jazz e o country.

No período em que foi mú­sico de estúdio, tocava esti­los radicalmente diversos ao acompanhar artistas como Jane Duboc, Cauby Peixoto, The Fevers e Hermeto Pasco­al. Outras modalidades que também tocou incluem o he­avy metal e a música infan­til. Na ocasião do lançamento de seu disco “Rapsódia Rock”, em 1990, apresentava-se ves­tido de Mozart.

Em 26 de abril de 1985, Ro­bertinho, juntamente com sua banda, o MetalMania, abriu um show para a banda norte-ameri­cana Quiet Riot em São Paulo. O mesmo ocorreu no Rio de Janei­ro e em Porto Alegre.

Em 1988, Robertinho fundou o grupo musical Yahoo, porém deixou a banda um ano e meio após sua fundação, em 1989. A banda ficou bastante conheci­da por fazer versões de grandes sucessos internacionais com le­tras em português.

 

 

Nuno Mindelis

Apaixonou-se pela mú­sica desde criança, por vol­ta dos cinco anos. Aos nove anos já tocava em instru­mentos confeccionados por ele. Durante sua infância ouviu grandes nomes do blues. Em 1975, morando no Canadá, formou uma banda de blues, passando a tocar em jam e clubes locais. Um ano depois decidiu unir-se à família, vindo também mo­rar no Brasil. Em 1990 lança seu primeiro disco, “Blues & Derivados”, que é ampla­mente elogiado pela crítica.

Em 1992, lança seu segun­do álbum, “Long Distance Blues”, passando a tocar em festivais de blues. Em 1994, veio o reconhecimento inter­nacional pela revista Guitar Player americana. Em 1998 a consagração definitiva: Nuno é eleito o melhor guitarrista de blues segundo o concurso mundial de aniversário de 30 anos da revista. Tal concurso premiou guitarristas em 11 ca­tegorias, e Mindelis foi o úni­co músico que nasceu fora da América do Norte a aparecer na relação de vencedores.

 

 

DIA 03/02 – MARTIM CERERE

LOCOMOTIVA PENSANTE – 19h

ABLUESADOS – 20h

PÓ DE SER – 21h

KRIG HÁ–22h

U2 COVER – 23h

NUNO MINDELIS – 00h30m

DIA 04/02 – MARTIM CERERE

DR KONG – 17h

KRAKKENSPIT – 17h40m

SUNROAD – 18h25m

MUGO – 19h15m

OVERFUZZ – 20h10m

TRIBUTO AO MALMSTEEN – 21h30m

ROBERTINHO DE RECIFE – 23h00m

 

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