O 76º Festival de Cannes começou sob o signo da controvérsia nesta terça-feira (16). A presença de Johnny Depp no filme de abertura, Jeanne Du Barry, dirigido por Maïwenn, gerou discussões acaloradas. Enquanto alguns criticaram a participação do ator, envolvido em um divórcio conturbado com Amber Heard, acusado de violência verbal e física, outros enxergaram sua vinda como um grande retorno após a vitória no processo de difamação contra sua ex-mulher.
Depp foi recebido por fãs entusiasmados no tapete vermelho e o filme foi bem-recebido durante a sessão de gala, na presença do ator e da equipe. No entanto, a entrevista coletiva do filme atrasou devido ao atraso de Depp, que chegou cerca de 15 minutos depois do horário previsto.
Durante a entrevista, Depp abordou sua volta ao cenário cinematográfico e os protestos em relação à sua presença em Cannes. Ele confirmou ter se sentido boicotado por Hollywood durante seu divórcio e julgamento, mas afirmou que não se importa mais com a opinião das pessoas e não sente a necessidade de Hollywood em sua vida.
O ator também comentou sobre o "circo" do Festival de Cannes e sua familiaridade com o evento, tendo comparecido pela primeira vez em 1992. Ele ressaltou que o foco deveria estar no filme e criticou as notícias fictícias que circularam sobre sua vida nos últimos anos.
Quanto ao filme Jeanne Du Barry, Depp teve que aprimorar seu francês para interpretar o rei Luís 15 da França. A diretora Maïwenn elogiou seu desempenho e conhecimento sobre o personagem. No entanto, o filme recebeu críticas por não explorar adequadamente as personagens femininas e focar excessivamente na história de amor, deixando de lado outros aspectos da trama.
Apesar disso, o filme de abertura foi marcado pela presença de Johnny Depp, que praticamente ofuscou a própria obra em si.