
A Globo foi condenada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a pagar uma indenização de R$ 10 mil a Suzane von Richthofen. A decisão foi tomada após a emissora exibir um laudo psicológico da ex-presidiária, que er siligioso, durante uma reportagem do Fantástico.
O documento, que era sigiloso, apontava que não havia evidências de que Suzane seria perigosa, que tinha condições de cumprir o restante de sua pena no regime semiaberto. No entanto, tinha personalidade manipuladora e agressividade camuflada. O caso aconteceu em 2018.
A defesa de Richthofen alegou que sua privacidade havia sido violada, visto que o caso estava sob sigilo judicial. De acordo com o desembargador Rui Cascaldi, relator do caso, Suzane tem direitos individuais, mesmo que faça parte da “história criminal do país”. "Essa espécie de divulgação, resguardada a liberdade que a imprensa deve ter em um país democrático como o Brasil, transborda a mera informação", explicou.
A ex-presidiária venceu a ação em primeira instância, mas a Globo recorreu. Com a nova derrota no Tribunal de Justiça, a emissora ainda poderá reverter a decisão em esferas superiores.