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O Hospital São Luiz do Itam, pertencente à Rede D´Or, realizou uma coletiva de imprensa nesta terça-feira, 5, em São Paulo para fornecer informações atualizadas sobre o estado de saúde de Mingau, o baixista da banda Ultraje a Rigor. Na coletiva participaram o neurocirurgião Manoel Jacobsen Teixeira e membros da equipe da UTI do hospital. Mingau sofreu um ferimento por disparo de arma de fogo na cabeça na madrugada de domingo, 3, em Paraty, no Rio de Janeiro.
O cirurgião Manoel Jacobsen Teixeira informou que no dia do ocorrido eles atenderam Mingau e fizeram os exames clássicos e os que eram adequados para aquela situação, inclui-se exames de imagem dos pés a cabeça.
"[...] Ele foi para o centro cirúrgico, uma vez que havia traumatismo craniano, para prevenir infecções e remover situações de coágulos que se formam no tecido traumatizado. Tudo foi feito de acordo com as normas e as técnicas adequadas. Ele está em uma unidade neurointensivista. Operações futuras podem ser necessárias, mas só o tempo irá dizer. Na UTI se fazem exames e se avaliam" disse o cirurgião Manoel Jacobsen Teixeira
O médico responsável pelo músico, o Dr. Thiago Romano que atua como coordenador médico na Unidade de Terapia Intensiva, compartilhou detalhes sobre a situação atual do paciente da seguinte forma:
Traumas dessa magnitude apresentam 3 fases: trauma, inchaço cerebral e vigilância (despertar, controle infeccioso). Hoje o Mingau está sedado e está na fase de controle da hipertensão craniana. Prognosticar um paciente nesse momento é difícil. Estamos ao lado dele em todo momento, dando todos os cuidados" Dr. Thiago Romano, coordenador médico da UTI
Segundo o Dr. Manoel Jacobsen Teixeira, é fundamental que o tecido cerebral reaja ao traumatismo de um modo satisfatório: "Hoje é difícil estabelecer um prognóstico devido às condições biodinâmicas. A cirurgia não terminou, nós a fizemos na fase aguda e ele está em observação. Caso seja necessário, faremos outra" e completou dizendo que caso seja necessário será feita outra cirurgia.
Disse também que o ideal seria se Mingau fosse atendido em Paraty, onde acorreu a situação.
Transferência e riscos
A transferência do músico ocorreu conforme o previsto, segundo o diretor médico Dr. Fernando Sogayar e que houve uma estabilização na transferência de um hospital para o outro: "Todo transporte de um hospital para outro é de risco. Mas houve uma estabilização e o transporte ocorreu de forma adequada. Os procedimentos foram corretos e o transporte ocorreu de forma segura."
Disse também que até o quarto dia eles ainda estão em um momento crítico e que o músico está em picos de inchaços.
Os médicos encerraram a coletiva ao declarar que Mingau está numa luta pela vida e completaram que não foram encontrados nenhum resíduo de projétil no crânio.
O ocorrido
Na madrugada de domingo (3) em Paraty (RJ), o músico foi baleado na cabeça, resultando em um ferimento grave. Os primeiros socorros foram prestados no Hospital Miranda, mas diante da gravidade, horas mais tarde, ele foi transferido para São Paulo, onde passou por uma cirurgia intracraniana de emergência.
Segundo o neurocirurgião Manoel Jacobsen Teixeira, o procedimento durou certa de 3h30 e logo depois Mingau foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Mingau possui uma pousada em Paraty, e estava lá a negócios.
A investigação
Além do primeiro suspeito detido, as autoridades da Polícia Militar do Rio de Janeiro também identificaram três pessoas que possivelmente têm ligação com o ataque a tiros contra Rinaldo Oliveira Amaral, o baixista da banda Ultraje a Rigor, mais conhecido como Mingau.
A comunicação da Polícia relata que o indivíduo detido estava em posse de uma pistola de calibre ponto 40, substâncias entorpecentes, dois carregadores e um kit de rajadas.
O delegado Marcello Russo, encarregado da apuração, destacou que o local do incidente é notório por ser um ponto de comercialização clandestina de entorpecentes.
