Naquela noite fatídica, Cristiano voltava de um show em Itumbiara, no sul de Goiás, acompanhado pela namorada Allana Moraes, de 19 anos, o motorista Ronaldo Miranda Ribeiro e o empresário Vitor Leonardo. Infelizmente, o carro em que estavam saiu da pista e capotou, resultando na morte de Allana no local. Cristiano chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no hospital. Os outros ocupantes do veículo tiveram ferimentos e se recuperaram nos dias seguintes.
O legado de Cristiano Araújo continua vivo mesmo após sua partida. Em 2022, a gravadora Som Livre lançou a música "Por que" como uma homenagem ao talento artístico do cantor. Essa foi a primeira música lançada oficialmente após sua morte prematura. Além disso, em entrevista ao G1 em junho de 2022, João Reis, pai de Cristiano, revelou que está sendo preparado um disco póstumo com dez músicas, que contará com a participação de renomados artistas do cenário sertanejo, como Leonardo, Jorge (da dupla com Mateus), Zezé di Camargo, Bruno e Marrone, e Felipe Araújo, irmão de Cristiano.
João Reis destacou que essas gravações foram feitas por Cristiano em estúdio, em diferentes momentos de sua carreira, e agora serão lançadas, preservando a voz do cantor e incorporando as participações especiais. Algumas dessas faixas são inéditas. O disco terá uma temática romântica, característica marcante do estilo musical de Cristiano.
Para João Reis, essa produção possui um significado especial não apenas para ele, mas também para todos os fãs do cantor, pois representa a preservação e celebração de seu talento e legado. "É muito importante, não só para mim, mas para todos os fãs que têm carinho", afirmou.
Relembrando o trágico acidente, as investigações apontaram que o motorista Ronaldo Miranda perdeu o controle do veículo cerca de 21 minutos após fazer uma parada em um posto de combustíveis, a aproximadamente 57 km do local do capotamento. De acordo com dados obtidos da "caixa preta" do veículo Range Rover, Cristiano e os ocupantes estavam a uma velocidade de 179 km/h cinco segundos antes do acidente.
O Ministério Público concluiu que Ronaldo Miranda foi considerado "imperito e negligente" por dirigir acima da velocidade permitida na rodovia. Ele foi indiciado pela polícia por duplo homicídio culposo e denunciado pelo MP-GO. Em janeiro de 2018, Ronaldo foi condenado a 2 anos e 7 meses de detenção, em regime aberto, pelo crime.
No ano de 2022, Ronaldo, que estava respondendo pelo crime em liberdade, acabou sendo preso. O Ministério Público afirmou que o pedido de prisão foi feito porque Ronaldo não havia iniciado o cumprimento das penas restritivas de direitos impostas a ele no âmbito da execução penal. Entre as penalidades que ele deveria cumprir estavam restrições de locomoção, pagamento de pena pecuniária e prestação de serviços.