Leniel Borel, pai de Henry Borel, que foi assassinado em 2021, se revoltou contra a liminar imposta pela Justiça do Rio de Janeiro, que proibiu a exibição do caso na edição do Linha Direta, da Globo.
Na manhã de quarta-feira (17), a defesa do ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, acusado de matar o menino, conseguiu censurar o programa de Pedro Bial, que estava previsto para ir ao ar na noite desta quinta-feira (18).
Leniel desabafou sobre a decisão e apontou covardia da parte dos advogados de Jairinho. "É um absurdo. A defesa do Jairo é covarde! Tem medo da verdade e das robustas provas que serão apresentadas. Mas a verdade não faz curva e virá no tribunal", disse ele nos Stories do Instagram. "A Globo recorreu. Se não der amanhã, será exibido assim que for liberado", acrescentou.
O pai de Henry foi um dos entrevistados do programa e chegou a divulgar em suas redes sociais a sua gratidão à emissora por abraçar caso. “No episódio do Linha Direta da próxima quinta-feira (18/05), Pedro Bial vai relembrar o caso e pedir justiça pelo meu filhinho. Quero agradecer ao @pedrobial, toda direção, redação, atores, todos que se empenharam em produzir este programa com muito carinho”, disse ele.
Na liminar, a juíza responsável pelo caso, Elizabeth Machado Louro, alegou que a exibição do programa pode influenciar a opinião pública sobre o crime, que ainda será submetido a júri popular. "O processo ainda pende de julgamento, e a exibição em canal aberto e por emissora de grande alcance não parece servir aos propósitos informativos que possam ser alegados. O réu deverá ser julgado por um corpo de juízes leigos, e tal exposição poderá colocar em risco a imparcialidade dos julgadores", afirmou.