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Do desembargador e presidente do TRE-GO, o escritor e poeta Itaney Campos: “Reúne-se no jardim deste Tribunal uma plêiade de poetas, além de amantes da literatura, guerreiros da liberdade”
Em movimentado evento, prestigiado por magistrados, autoridades, artistas, intelectuais, advogados, servidores do Judiciário, representantes classistas e familiares, o ‘II Sarau Cultural de Literatura e Música’ aconteceu no jardim da sede do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE), de frente para a praça Cívica, em Goiânia.
Na abertura do atrativo da tarde-noite da sexta-feira 1º de setembro, o desembargador Itaney Francisco Campos, presidente do TRE-GO, expressou que o local tem o propósito de “abrigar múltiplas formas de arte, além do desempenho da tarefa de cultivar a democracia e a cultura, em suas variadas manifestações”.
Realizado pela Comissão de Gestão da Memória e Cultura da Corte Eleitoral, o segundo Sarau celebrou o 91º aniversário da instalação da Justiça Eleitoral em Goiás, transcorrido dia 20 de agosto de 1932. “A realização desse segundo Sarau muito nos alegra, pois demonstra o sucesso da primeira edição, que aconteceu ano passado, na comemoração dos 90 anos da Justiça Eleitoral, e que nos inspirou a continuar valorizando e fomentando a cultura em nossos espaços”, discursou o juiz-ouvidor eleitoral Márcio de Sousa Moraes Júnior, presidente da Comissão.
Evento múltiplo
Contando com apresentações musicais da Orquestra de Câmara da Orquestra Sinfônica de Goiânia, regida pelo maestro Eliel Ferreira e, de Luís Cláudio Fernandes, funcionário do TRE-GO; com a exposição Conversando com Deus, mostra de pinturas da artista plástica Andyra Menezes, em exibição no hall do Tribunal; com declamações e recitações de poesias; com o lançamento da antologia poética As tranças de Ana, coletânea organizada por Itaney Campos; e, com autógrafos dos integrantes do livro, o Sarau ficou marcado como solenidade mesclada de iniciativas culturais, além ser palco para homenagens, sendo entregues placas personalizadas.
A Comissão de Gestão homenageou o presidente Itaney Campos e o também desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga, vice-presidente e corregedor substituto do Tribunal Regional e, presidente da Comissão de Memória e Cultura do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), por suas dedicação e apoio à cultura e à memória institucional do Poder Judiciário estadual. Quem também recebeu homenagem foi o escritor Miguel Jorge – comemora-se em 2023 o Ano Cultural Acadêmico Miguel Jorge –, e, nos três casos houve discursos por parte de diferentes militantes da Justiça Eleitoral e culturais.
Junção de forças
Professora dos quadros da Universidade Federal de Goiás (UFG) e escritora, Maria Meire de Carvalho tem cinco poesias publicadas na antologia, que agrupa 22 nomes, inclusive o autor desta reportagem. Atendendo o DM no decorrer do evento, ela disse se sentir “privilegiada e feliz por participar da antologia, juntamente com tantos outros nomes da cena literária e cultural de Goiás”.
Afirmando estar satisfeito e agradecido, Itaney Campos narrou à reportagem que, além do comparecimento expressivo e qualificado dos convidados, quem foi chamado para fazer uso da palavra ou declamar, recitar poesias, cantar, ser homenageado, aceitou a missão com consideração e boa vontade, “motivo a mais para aumentar nossa felicidade com o resultado final do Sarau”.
Ao discursar, o presidente, que também é escritor e poeta, destacou que o livro é “fruto de inspiração coletiva, flor brotada na convivência de amigos, no sonho da liberdade, da igualdade e da justiça; e, da união contra o obscurantismo, o armamentismo e o autoritarismo”.
Também abordado, o desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga avaliou que o fato de a Justiça Eleitoral promover o Sarau, é mais uma oportunidade de movimentar – através de artistas, integrantes do Judiciário e pessoas da sociedade –, a cultura, área carente de maior incentivo no Brasil ao longo de séculos.
Questionados sobre a relevância dos livros didáticos não serem retirados das salas de aulas no País, ao mesmo tempo em que é importante as obras literárias adentrarem as mesmas instalações, Maria Meire e Luiz Cláudio salientaram que esses objetivos precisam contar com estímulo máximo de todos os envolvidos, começando pelos Ministérios da Educação e, da Cultura, por autoridades e profissionais educacionais.
