Sem papas na língua, Alexandre Frota, de 59 anos, resolveu abrir o coração e relembrou sua carreira como ator pornô. Em entrevista para o podcast "Brasil Para Maiores", o ex-deputado federal revelou como era sua rotina na indústria de conteúdo adulto.
"Eu não tinha família, morava sozinho, tinha dez namoradas, ia em festa, não tinha que dar satisfação pra ninguém. Eu vivi aquele mundo, gostava muito de fazer filmes, gosto muito de sexo, tinha obsessão por sexo. Hoje, não mais", disse.
"Eu exigia bufê, quartos separados, maquiador, uma série de coisas. Virou uma produção. Um filme que eles faziam com dez pessoas, de repente passaram a fazer com 60. Nunca teve profissionalismo [no pornô] até minha chegada, por isso que tem um mercado antes e o mercado depois", completou.
Alexandre Frota ainda afirmou estar vivo por um “milagre”, após passar muito tempo viciado em substâncias ilícitas. Ele garantiu estar limpo há quase 12 anos. "Eu estava sem freio, vivendo tudo que você puder imaginar: cocaína, bala, ecstasy. Ainda tomava um Cialis. Fiz tudo junto e fiz mais, porque na hora de dormir eu tomava Dormonid. Você está olhando para um cara que está vivo por um milagre".
"Estou há quase 12 anos limpo, virei outra pessoa. Aquele Alexandre Frota que existiu era outra coisa. Não conheço mais ninguém que tenha associado cocaína ao sexo e se dado bem. (...) Não tinha amanhã. (...) Vivia em curto-circuito", acrescentou.
Segundo ele, a morte de Chorão, do Charlie Brown Jr., em 2013, foi o momento em que ele percebeu que precisava de ajuda. "Pensei: 'Caraca, será que vai ter uma hora que minha mãe vai ligar a televisão e vai ver a notícia que o filho dela foi encontrado morto num hotel de quinta categoria com overdose?'", finalizou.