DA AGÊNCIA BRASIL
O ex-jogador Zico confirmou que será candidato à presidência da Federação Internacional de Futebol (Fifa), desde que as regras atuais sejam mudadas, fortalecendo candidaturas independentes, sem o apoio obrigatório das confederações. Zico falou à imprensa no centro de futebol que ele comanda, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste da cidade.
Zico disse o que pretende fazer, a partir de agora. “Montar uma plataforma e enviar àqueles que têm o direito da decisão. Me colocar à disposição. Mas não com a questão de ter que ser indicado por cinco confederações. Se isso acontecer, eu não me candidato, porque acho que a corrupção começa daí. A troca de favores começa daí”.
Conhecido como Galinho de Quintino, em referência ao bairro onde cresceu, na zona norte do Rio, Zico disse que já recebeu diversos apoios a sua candidatura de jogadores e ex-jogadores e futebol.
“É importante você ter apoio da sua classe, acima de tudo. Se puder ser uma classe internacional, melhor ainda. Por isso, quero oficializar para a imprensa inteira (a candidatura). E agora, daqui para frente, a gente pode começar a se mexer. As pessoas vão ver que existe uma candidatura de verdade e não uma coisa no ar”.
Zico evitou críticas ao atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero, e não quis comentar uma possível renúncia de Del Nero, apenas deixou claro que ele tem uma ligação forte com o ex-presidente da entidade, José Maria Marin, preso na Suíça como um dos implicados em corrupção na Fifa.
“Eu não conheço ele. Não tenho intimidade. Só acho que, pelo o que a gente sempre viu, ele e o Marin estão sempre juntos. Difícil ele não saber de tudo isso que estava acontecendo. Aonde estava o Marin, estava o Del Nero, todo o tempo. Sobre questão de renúncia, cada um sabe do seu momento. Para renúncia, tem que ter motivos bem fortes. Não estou vendo ele ser acusado de nada. Não acusado de nada, não tem porque renunciar. Desde que haja uma coisa séria, ou se ele estiver implicado, aí sim.”
Zico também falou sobre a possibilidade de o francês Michel Platini concorrer à presidência da Fifa e disse que o apoiaria, caso ele próprio não conseguisse viabilizar sua candidatura.