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Depois de um ano fraco no futebol, Dragão projeta altos voos em 2018

Neste ano, o Atlético sofreu dentro de campo. Sequer chegou à final do Cam­peonato Goiano e foi deixado para trás pelos principais rivais: Goiás e Vila Nova. Na Copa do Brasil, se despediu logo de cara, nas oitavas, com eliminação para o Flamengo. Já na Série A, amargou a última co­locação e o rebaixamento à SérieB.

Mas nem tudo são lágrimas. Apesar do pouco investimento no futebol, o clube se atentou às partes financeiras e estruturais. Muitas dívidas foram sanadas, enquanto a diretoria fez alto in­vestimento no Estádio Antônio Accioly – que deve receber jogos do Campeonato Goiano depois de sete anos, em 2018 – e no CT do Dragão, no Setor Urias Maga­lhães, com reformas em vários setores da instituição: grama­dos, sala de imprensa, depar­tamento médico, entre outros.

O diretor de futebol e vice­-presidente Adson Batista, em entrevista exclusiva ao Diário da Manhã, falou sobre os legados dei­xados por 2017, a mudança de fi­losofia na base rubro-negra e fez projeções para a próxima tempo­rada com muito otimismo. A pro­messaédeumanocompletamen­te diferente no futebol da equipe.

Entrevista

M.A: Neste ano, o Atlético acabou priorizando o investimento em sua estrutura e talvez rebaixou porque montou dois times ao longo do ano. De qualquer forma, a equipe terminou jogando bem e com boa expectativa para 2018 com uma base mantida. Valeu a pena esse pouco investimento no futebol para melhorar o clube estruturalmente?

A.B: Com certeza valeu a pena. É lógico que a gente queria ficar na Série A, mas o importante é que o Atlético caiu de pé. Melhor estrutu­rado, organizado e equilibrado em suas dívidas. O clube praticamen­te sanou as pendências e o Atléti­co jogou sempre com a maior se­riedade possível, independente da situação no campeonato.

M.A: O Atlético garantiu a permanência de seis titulares desse ano e contratou mais nove para o ano que vem. Falta alguma posição a ser reforçada? Vocês estão trabalhando com mais quantas contratações para o início do ano?

A.B: Como o André Castro não ficou, precisamos de mais um vo­lante para suprir a ausência dele. Além disso, necessitamos de mais um atacante de velocidade e um lateral-direito, pois só temos um. Maistrêsposiçõesparacontratações.

M.A: Luiz Fernando e Jorginho, jogadores de mesma posição, estão chamando a atenção no mercado. Vocês já trabalham com a ideia dessas possíveis vendas e já pensam em alternativas a eles?

A.B: Não houve nenhum avanço de negociações. Precisamos aguar­dar. A princípio, são jogadores que vão continuar no clube e, caso hou­ver negócios para o Atlético, vamos avaliar no momento certo. De qual­quer forma, se sair algum jogador, automaticamente vamos ter mais poder de investimento.

M.A: Na Série A tem a questão do dinheiro da TV e tudo mais. Mas no próximo ano o Atlético terá mais condições de trabalho, de contar com um bom time desde o início, até por conta da gestão que foi feita nesse ano pensando para o futuro?

A.B: Não tenha dúvida. Acho que o ano que vem é muito pro­missor. A gente conseguiu manter a base do time e avançar muito em acabar com as dívidas. Ago­ra o que precisa ser feito é que a gente tenha muito equilíbrio fi­nanceiro pois na Série B as recei­tas são bem menores.

M.A: Agora falando propriamente de Campeonato Goiano. O que esperar do campeonato? O Atlético pode se aproveitar do início do campeonato contra Vila e Goiás já que deve começar o ano mais entrosado?

A.B: Todo mundo não vai ter entrosamento. Teremos a base do time, mas mesmo assim te­rão muitas mudanças. As difi­culdades serão para todos. Va­mos levar todas as competições com muita seriedade: seja Cam­peonato Goiano, Copa do Bra­sil ou Brasileiro. Todas com a maior seriedade possível.

M.A: Você tocou no assunto Copa do Brasil, onde a premiação é de encher os olhos. O Cruzeiro esse ano levou 6 milhões pelo título, enquanto ano que vem quem for passando de fase até ser campeão pode levar quase 70 milhões. Você vê com bons olhos essa competição? Até por conta do chaveamento que parece ter favorecido o Atlético.

A.B: Exato. Por isso a competi­ção é tão importante para a gente também e estamos totalmente en­volvidos por ela pois é importante financeiramente. Sobre o chavea­mento, é conversa. Se não levarmos a sério, por ser jogos eliminatórios, acaba sendo muito complicado. Podemos passar vergonha se não levar a sério, mesmo que não te­nhamos adversários de renome.

M.A: No ano passado, quando vocês ganharam a Série B, mantiveram a base e praticamente só chegou o Marcelo Cabo e o volante Michel, hoje no Grêmio. Para o ano que vem, você já disse que o time que disputar o Goiano já pretende ser utilizado no Brasileiro. Ao contrário desse ano, o Atlético já sai na frente dos outros adversários na Série B? O que espera da competição?

A.B: Quando se tem um time bastante entrosado, que joga o ano inteiro juntos, isso acaba facilitan­do as coisas para a gente dentro de todas as competições. A minha ex­pectativa é que isso possa acontecer.

M.A: 2018 parece ser muito promissor para o Atlético também nas categorias de base, por começar na Copinha, em janeiro. Desde que o Maurinho assumiu e vocês potencializaram o investimento na base, me parece que os resultados estão vindo. Como você avalia esse recente trabalho na base e o que esperar para 2018?

A.B: Não foi só a questão do Maurinho. Foi a mudança de fi­losofia no clube. Estamos dando todo o apoio e estrutura, e o Mau­rinho está por lá na base há dois anos. Ele vem se atentando sobre tudo e crescendo dentro da insti­tuição. Espero que ano que vem a base revele jogadores para o pro­fissional. Que a cada dia mais, po­demos ter mais jogadores compro­metidos com o clube, pois contratar atletas de fora é mais complicado.

M.A: Qual é a importância de se utilizar o Estádio Antônio Acciolly, que é um patrimônio do Atlético, já no Campeonato Goiano?

A.B: Muito importante. O Atléti­co é originário do bairro de Campi­nas, a torcida se sente bem lá. Então, jogar em casa é importantíssimo.

M.A: Para terminar, Adson, gostaria que você desse o recado para o torcedor atleticano. O que ele pode esperar de diferente do Atlético para 2018?

A.B: Eu espero que a família atleticana entenda que todos os clubes passam por essas difi­culdades. Nós estamos mais for­tes e vamos fazer um ano total­mente diferente, com alegria e grandes vitórias. Desejo um Fe­liz Natal para todos e que todas as famílias estejam neste mo­mento com muita paz e saúde.


No próximo ano o Atlético terá mais condições de trabalho, vai contar com um bom time desde o início”   O clube praticamente sanou as pendências e o Atlético jogou sempre com a maior seriedade possível, independente da situação no campeonato”

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