Na 16º rodada do Campeonato Brasileiro da Série A no último domingo (25/8), o Vasco conquistou três pontos na tabela geral de classificação após vencer o São Paulo pelo placar de 2 a 0. Porém, o time carioca pode perder os pontos caso o clube seja penalizado em tribunal em função da nova regra da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de combate à homofobia.
Acontece que o árbitro da partida, Anderson Daronco, relatou em sua súmula que ouviu a torcida vascaína gritar “time de viado” durante o segundo tempo do jogo em ataque ao São Paulo. Com isso, a polêmica será levada ao tribunal em função das novas regras da CBF.
Na última segunda-feira (14/8), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) enviou um ofício aos árbitros e clubes, informando que manifestações homofóbicas nos estádios podem render punições aos clubes, sugerindo que os mesmos façam campanhas educativas junto aos torcedores e atletas.
O STJD informou que o comportamento pode levar a equipe a ser enquadrada no artigo 243-G do Código Disciplinar: "Praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência".
O relato da arbitagem diz que aos 17 minutos do segundo tempo houve canto vindo da arquibancada da torcida do Vasco que dizia: “time de viado”. E continua: “Aos 19 minutos do segundo tempo, a partida foi paralisada para informar ao delegado do jogo e aos capitães de ambas as equipes a necessidade de não acontecer novamente e para informar no sistema de som do estádio o pedido para que os torcedores não gritassem mais palavras homofóbicas”.
Após a paralisação devido aos gritos homofóbicos vindos da torcida cruzmaltina, o técnico Vanderlei Luxemburgo, assim como o capitão da equipe carioca Leandro Castán, auxiliaram a arbitragem e pediram para que os torcedores parassem para o jogo ter continuidade.