O Goiânia Saints completa hoje (18), três anos de existência no cenário futebol americano. Fundado por Pedro "Pedrão" Henrique, Lázaro Jr e Marcelo Taveira, a equipe já disputou inúmeros jogos no regional e nacional.
No dia 9 de dezembro de 2017, o Goiânia Saints realizava a sua primeira seletiva. E sete meses depois disputava o primeiro amistoso contra o Leões de Judá, em Taguatinga-DF. Por outro lado, aquele evento era também o primeiro jogo da maioria dos atletas da equipe, cujo proporcionou-os novas oportunidades em eventos como a Liga Brasileira de Futebol Americano (BFA).
Por outro lado, nascia paralelamente a equipe de cheerleaders chamada Angels, que era composta por esposas, namoradas e familiares dos atletas. Sendo assim, a equipe de staff, a qual ajuda na bilheteria, pintura do gramado e montagem estrutural para os jogos.
Deste modo, o aurinegro disputou o segundo jogo amistoso no dia 30 de junho de 2018, contra o Brasília Templários-DF. E com isso, a sua primeira vitória por 18 x 15. Por outro lado, nos anos seguintes o Goiânia Saints deu início aos jogos a nível regional na Liga BFA. Enfrentou o Brasília V8 (2) e Brasília Wizards (1). No entanto acabou sendo semifinalista após a segunda derrota para o V8.
Pandemia
No entanto, ao começo de 2020, foram realizadas outras duas seletivas para que fosse possível acolher novos atletas e realocar os da velha guarda. Contudo, o Saints tinha jogo marcado para 6 de maio desse ano contra o Uberlândia Lobos. Inesperadamente, em meados de março veio a pandemia de covid-19, e o evento precisou ser cancelado. O presidente Marcelo Taveira conta como era a expectativa para o evento:
"Nós já havíamos marcado para esse ano um amistoso contra o Uberlândia Lobos, de Minas Gerais. Foi uma equipe que eu procurei por já conhecer, respeitar o trabalho deles, e por entender que seria um desafio muito bom, contra uma equipe que nunca tínhamos jogado contra, com uma arbitragem que não conhecíamos, que nos daria uma bagagem excelente na preparação para o torneio nacional no segundo semestre", afirma.
Além da paralização por conta da pandemia, Taveira buscou pela segurança dos atletas neste período, uma vez que não houve perda por causa da doença.
"Alguns atletas decidiram se aposentar, mas o que permanecem, acabaram perdendo um trabalho que vinha sendo feito há algum tempo, de forma física, técnica, tática", pondera.
Machismo
Por outro lado, a existência de equipes femininas de futebol feminino no Brasil é inferior se comparado aos masculinos. O projeto Angels levantado por Luciana Rodrigues proporcionou a todos a oportunidade de fazerem parte da equipe Saints.
"O machismo é real e muito forte no Futebol Americano. (...) No Goiânia Saints nós nunca admitimos preconceito ou discriminação de qualquer natureza. A gente sempre levantou a bandeira da não-discriminação, tanto que nas seletivas para Cheerleaders, sempre foi aberto para todos participarem, independente do sexo, cor de pele ou qualquer outra distinção", afirma Taveira.
Desafios
Por outro lado, o futebol americano ainda é um esporte amador em boa parte do Brasil. Deste modo, com a chegada da pandemia, a arrecadação mensal das equipes caíram consideravelmente. Uma vez que os times dependem também das mensalidades pagas pelos atletas.
"Os maiores desafios são os financeiros, infelizmente. No esporte amador, tudo parece mais difícil, porque tudo esbarra em dinheiro. Os atletas precisam comprar os próprios equipamentos, pagar uniformes, viagens, alimentação, academia, contribuir com a mensalidade, inscrição em campeonatos, além do deslocamento para os treinos" afirma.
No entanto, os custos também acabam sendo altos por conta da federação, taxa de inscrição de campeonatos, aluguel de campo, compra de bolas e materiais esportivos.
"Então a maior batalha para 2021 é conseguir patrocinadores e apoiadores para que a gente consiga desonerar ao máximo a equipe e nossos atletas," completa.