Depois da vitória fora de casa sobre o Libertad, do Paraguai, por 2 a 1 nesta quinta-feira (6), que valeu a liderança do Grupo F da Copa Sul-Americana, o Atlético-GO recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19. As vacinas, aplicadas na sede da Conmebol , foram disponibilizadas pela própria entidade por meio de uma parceria com o laboratório chinês Sinovac, o mesmo que é produz, em parceria com o Instituto Butantan, a Coronavac.
O presidente do clube rubro-negro, Adson Batista, disse em entrevista à Rádio Sagres que 70 doses foram disponibilizadas para o clube, das quais 44 foram aplicadas já nesta quinta-feira (6). O dirigente afirmou que ainda não sabe onde o elenco receberá a segunda dose.
A federação máxima do futebol sul-americano recebeu do laboratório chinês 50 mil doses, que chegaram pelo Uruguai no dia 28 de abril. Ela se tornou a primeira entidade privada do mundo a promover a vacinação. Segundo nota, as doses foram fabricadas exclusivamente para o futebol sul-americano e que não serão destinadas a outro fim.
A Conmebol reitera que a vacinação é voluntária e a equipe que se recusar a participar não será excluída da competição. O Fluminense também recebeu o convite para receber as doses, mas o presidente do clube, Mário Bittencourt, se posicionou contra a vacinação ao elenco e disse achar "antipático com o mundo".
A doação faz parte de um acordo de exposição do laboratório chinês, que se apresenta como "parceiro oficial de saúde" da Conmebol. A ideia é vacinar além de todas as equipes da Libertadores e da Sul-Americana, as equipes que disputarão a Copa América, que será disputada entre junho e julho na Argentina e na Colômbia.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o presidente do Atlético rebateu as críticas por ter recebido a vacinação. Segundo Adson, as acusações de que o clube furou a fila da vacinação não são válidas, já que as doses não vieram do governo brasileiro e que jamais viriam ao Brasil.
- Quem fala isso é um irresponsável. O Atlético em nenhum momento furou fila, apenas aceitou a vacina que não é do Brasil e nem do governo brasileiro e não iria resolver em momento nenhum o problema da fila no Brasil. É irresponsabilidade de pessoas que querem aproveitar o momento do time para aparecer e criar uma situação que não existe - comentou.
O clube já está em Goiânia e se concentra para a disputa da segunda partida das semifinais do Campeonato Goiano, no próximo domingo (9) às 18h30 no Antônio Accioly contra o Grêmio Anápolis. No primeiro confronto, o Dragão foi derrotado por 1 a 0 com a equipe reserva e perdeu a invencibilidade que já durava 20 jogos. Para se classificar, a equipe precisa vencer por no mínimo dois gols de diferença.