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O Consórcio Fla-Flu, formado pelos clubes Flamengo e Fluminense, realizará um leilão para a comercialização de camarotes no estádio Maracanã. A iniciativa, prevista para o próximo mês, busca ampliar a arrecadação e oferecer maior transparência no processo. A medida foi anunciada após o consórcio vencer a licitação em 2024 para a operação do estádio pelos próximos 20 anos.
De acordo com o consórcio, aproximadamente 13% dos camarotes serão colocados à venda, com contratos que variam entre um, dois ou três anos. Essa será a primeira vez que a comercialização contará com opções de prazos mais extensos. A projeção é de arrecadar cerca de R$ 46 milhões por ano com o aluguel dos espaços, o que representa quase 40% da receita anual estimada. A maioria dos camarotes já possui contratos estabelecidos, mas o leilão abre novas oportunidades para empresas e grupos interessados.
O consórcio também destacou que o objetivo é trazer mais transparência ao processo de aquisição. “Havia pouca variação entre os grupos que adquiriam os espaços, e a lista de espera não garantia segurança aos interessados”, informou o documento divulgado pelo grupo.
A gestão do Maracanã é realizada por meio da Sociedade de Propósito Específico (SPE), registrada em setembro de 2024, mês em que o contrato foi assinado com o Governo do Estado do Rio de Janeiro. A divisão econômica entre os clubes estabelece 65% de participação para o Flamengo e 35% para o Fluminense, o que se aplica a receitas, lucros e despesas. Entretanto, cada clube administra individualmente os resultados financeiros de seus jogos como mandante.
Investimentos e projeções financeiras
Nos próximos 20 anos, o consórcio planeja investir R$ 393 milhões em obras e manutenções no Maracanã e no Maracanãzinho, sendo R$ 255,5 milhões a cargo do Flamengo e R$ 137,5 milhões do Fluminense. A receita anual média prevista é de R$ 124,8 milhões, com destaques como:
• R$ 19,25 milhões por ano em exploração com jogos;
• R$ 46 milhões com aluguel de camarotes;
• Até R$ 25 milhões por ano provenientes de visitas guiadas e estacionamento;
• Entre R$ 10 milhões e R$ 16 milhões anuais com aumento e renegociação de patrocínios;
• R$ 700 mil anuais com receitas de shows.
Já as despesas anuais médias estão estimadas em R$ 59,7 milhões, distribuídas em:
• R$ 22 milhões para manutenção geral do Maracanã e Maracanãzinho;
• R$ 8,7 milhões com energia elétrica;
• R$ 9,2 milhões destinados à folha de pagamento.
O leilão eletrônico será detalhado nos próximos dias, e o Consórcio Fla-Flu mantém a expectativa de potencializar a arrecadação e consolidar sua gestão à frente do Maracanã.
