O Ministério Público de Goiás (MP-GO) ofereceu nova denúncia contra 17 pessoas no âmbito da Operação Penalidade Máxima II. Os denunciados são divididos em três núcleos: financiadores, apostadores e intermediários. A Itatiaia detalha como triste o contato entre os apostadores e jogadores.
O contato tolerado de maneira simples. Bruno Lopez de Moura, apontado pelo MP-GO como chefe da quadrilha investigada, é ex-jogador profissional. De carreira inexpressiva, passou para o lado de empresário e, junto da esposa, Camila Mota da Silva, abriu a BC Sports Management.
A partir dos próprios amigos, Bruno passou a buscar pelos jogadores. As conversas eram por meio de redes sociais ou por aplicativo de mensagem — normalmente pelo WhatsApp. Ele não era o único que buscava pelos jogadores.
Ícaro Fernandes Calixto dos Santos, Luís Felipe Rodrigues de Castro e Thiago Chambó Andrade — outros três denunciados — tinham proximidade com Bruno e também buscavam por jogadores. Luís Felipe, por exemplo, tinha uma loja virtual para vender réplicas de roupas e tênis importados. Por meio do Instagram, ele conversava com alguns atletas.
Outro ponto importante desses diálogos é a participação de Romario Hugo dos Santos, conhecido como Romarinho, que também teve uma carreira de pequena expressão como jogador profissional. Romarinho também aliciava jogadores para participar do esquema. Esses novos atletas, por vezes, também procuravam outros jogadores para integrar o esquema e assim sucessivamente.
A Itatia confirmou a informação do UOL Esporte de que 53 atletas são citados nos diálogos anexados ao processo. Até aqui, 15 foram formalmente denunciados e sete afastados preventivamente de seus clubes.
Bruno Lopez, Thiago Chambó Andrade e Romário Hugo dos Santos estão presos preventivamente. A Justiça pediu a transferência deles de São Paulo onde estão atualmente para uma prisão em Goiás.
Operação Penalidade Máxima II
A Operação Penalidade Máxima II investiga apostadores que aliciavam atletas para que fossem punidos ao longo de partidas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022. Também há registros de manipulação em jogos de alguns estaduais de 2023. A operação teve, até agora, duas fases.
Além dos denunciados, a investigação testemunhou a participação de outras pessoas, como empresários, jogadores e pilotos. O objetivo era combinar resultados em troca de dinheiro.
O MP-GO realizou diversas operações para investigar as atividades ilegais. A primeira fase da Operação Penalidade Máxima ocorreu em agosto de 2022, com a prisão de 11 pessoas.