Hailé Pinheiro tem razão: a imprensa é “vermelha”!
Diário da Manhã
Publicado em 17 de julho de 2018 às 02:59 | Atualizado há 4 meses
- Redação do Diário da Manhã mantém há décadas hegemonia de torcedores apaixonados do Vila Nova Futebol Clube
- Agência Brasil Central, a ABC, concentra um elevado percentual de simpatizantes do maior do Centro-Oeste do Brasil
- Rádios Sagres, AM 820, Difusora, Terra FM, RBC, TVs Anhanguera, Brasil Central, Serra Dourada têm tonalidade vermelha
– Eureca! A imprensa, em Goiás, é vermelha. Para o ódio de Hailé Salassiê Pinheiro.
Nunca escondi de ninguém as minhas preferências ideológicas. Muito menos no mundo do futebol. “Gauche” na política e “vermelho nas quatro linhas”. Do esporte inventado por Charles Miller, um inglês branquelo. Desde 1977. Aos nove anos de idade. O Vila Nova Futebol Clube, com o Tigre como mascote, um hino que exaltava o primeiro tricampeonato da era profissional, me encantou. Amor à primeira vista. A primeira partida que assisti, levado ao Estádio Serra Dourada, com apenas dois anos de funcionamento, por um advogado tributarista chamado Paulo Miguel Diniz, ao lado de seu irmão, meu amigo de infância, Rogério Oliveira Diniz, o Tigrão Pai D’égua derrotou o Atlético Clube Goianiense por 1 a zero. Batismo de fogo.
O Vila Nova sagrou campeão estadual em 1961, 1962, 1963, vice em 1965, 1966,1967, ao contrário do que aponta o a FGF, campeão em 1969, vice em 1970, como mostra o site História do Futebol de Goiaz, além de 1971. O time deu a volta olímpica em 1977, como campeão do Torneio Seletivo para a Série A, conquistou o estadual do mesmo ano, o bicampeonato, em 1978, o tricampeonato, em 1979, e o tetracampeonato, em 1980. Em 1982, despachou o seu rival e voltou a mandar no Centro-Oeste. Um novo troféu para as galerias do Onésio Brasileiro Alvarenga, em 1984. Com um meio de campo de encher os olhos, Rocha, ex-seleção brasileira e Botafogo [RJ], Cléo [Ex-Internacional] e Luvanor [Ex-Goiás] amargou um novo vice em 1989.
Campeão em 1993, com Bé e Ricardo Bata, vice, em 1994, com um flagrante erro de arbitragem para auxiliar o Goiás, foi campeão com um time de meninos pratas da casa em 1995. O time titular era Enival; Paulinho, Weslei, Jorge Batata e Emerson; Keslei, Gilvan, Tim e Luciano; Rubinho e Roni. Reserva de luxo: Cristian. Técnico: Paulo César de Sousa, o Paulinho Benga. Dez jogadores dos 12 haviam sido formados nas categorias de base. Vice-campeão da Copa Pepsi, que correspondia ao primeiro turno, do Goianão de 1996, perdeu com falha do goleiro Dênis, ex-Crac, quando precisava apenas do empate, focou no nacional. Invicto, em 13 partidas, o time da vila famosa foi campeão brasileiro. Com Sabino dando espetáculos. Shows.
Finalista da Série B, em 1997, quando obteve lotação máxima no Serra Dourada, em um domingo de manhã do mês de novembro, contra o América, o maior público registrado na História do futebol em Goiás, à exceção da inauguração do Estádio Serra Dourada, em 1975, ficou com o vice estadual em 1998, abocanhou, por W.O. o título do Seletivo para a Copa Centro-Oeste do ano que nasceria. O Goiás não apareceu em campo. Vice do Goianão em 1999, fez uma virada mágica e histórica, em 28 de março de 1999: perdia de 3 a 0 e virou para 5 a 3. Contra o time da Serrinha. Vice da Copa Centro-Oeste, já que perdera no saldo de gols para o Cruzeiro, de Belo Horizonte, foi o primeiro time do Centro-Oeste a participar de uma competição internacional. A Comenbol. O Vila Nova chegou ainda ao quadrangular final da Série B.
Vice-campeão em 2000 do primeiro e do segundo turnos do Estadual, retaliou a FGF e a sua Comissão de Arbitragem, que puniu o Tigre com o rebaixamento. O Campeão voltou com o título da Divisão de Acesso ao golear o Iporá por 4 a zero. Vice da Copa Centro-Oeste, em 2001, atropelou o Goiás na final do Goianão, com Túlio e Anderson, por 3 a 1. Campeão sub-20 do Centro-Oeste, em 2001, foi vice estadual, em 2004. Campeão Goiano em 2005, com três vitórias e um empate contra o Goiás, comemorou, em 2007, a obtenção do Troféu José Martins de Souza Zenha, contra o Atlético Clube Goianiense, com duas vitórias consecutivas, 2 a 1, no Estádio Antônio Acciolly, e 2 a 0 no OBA, além de obter o Acesso à Série B.
Sexto lugar no Brasileirão da Série B, em 2008, com direito a vitórias contra o Corinthians de Douglas, canhotinha de ouro, e sobre a Ponte Preta [SP], derrotou o São Caetano [SP], em 2010, sob os olhares de um público de 21 mil colorados, e fez a festa da permanência da Série B. Um novo acesso em 2013. Comandado por Frontini, o matador. Na área, não perdoava: enfiava a bola para o fundo das redes. 2015 caiu como um raio em céu azul de brigadeiro. Campeão da Divisão de Acesso, com casa cheia, ao estufar as redes do Galo Carijó, o Goiânia fundado em 27 de maio de 1938, por seis a zero. O Brasileiro veio com uma goleada história sobre o Londrina. Uma virada. Começou com um a zero e terminou em 4 a um. Para o Tigre. O sub-20 ganhou a Copa Goiás e o Campeonato Estadual. Invicto. Uma máquina de moer verdes.
O Vila Nova voltou à semifinal do Estadual, carimbou o retorno à Copa do Brasil, disputou a Copa Verde e ficou à frente do Goiás no Brasileiro da Série B, em 2016. Depois de abrir o ano com uma vitória espetacular sobre o Clube de Regatas Flamengo, de Diego e Paolo Guerrero, o peruano, por 2 a 1, golaços de Wallyson, sagrou-se vice-campeão estadual em 2017, foi eliminado pelo Vasco da Gama, na Copa do Brasil, um time grande, terminou em sétimo lugar na Série B. 2018: o Vila Nova esbarrou, nos pênaltis, e não chegou à final do Estadual. Desde 2015 sem temer os clássicos, já que bate em Goiânia, Goiás, Atlético, Anápolis, quer atingir o acesso à elite do futebol. O primeiro trimestre terminou com o sub-15 campeão goiano.
É o maior depósito de glórias do Centro-Oeste. Com uma imensa legião de seguidores. No Brasil. Afinal, o clube fundado em 29 de julho de 1943, pelo coronel Francisco Ferraz de Lima, com o incentivo do padre da Igreja Católica Giuseppe Balestiére e a primeira-dama do Estado de Goiás, a mãe dos pobres, Gercina Borges Teixeira, mulher de Pedro Ludovico, sempre foi um papa-títulos. Veja: Campeão da Taça Cidade de Goiânia em 1961, 1962, 1963, 1964, 1965, 1969, 1972, 1976, 1980. Da Copa Goiás: 1963, 1971, 1976. Do Torneio Início: 1961, 1962, 1972. Da Taça Otávio Lage, 1967. Taça Leonino Caiado–1973, 1976, 1979. Torneio Imprensa, 1974. Torneio Incentivo, 1975. Troféu Ruy Brasil Cavalcante, 1979. Quadrangular Adjair de Lima, 1980. Troféu Vitor Ricardo de Araújo, 1990. Copa Bandeirante, 1993 e 1994.Taça Maguito Vilela 1997