‘Medalha olímpica por equipes ainda está distante’, diz Diego Hypólito
Diário da Manhã
Publicado em 4 de novembro de 2015 às 04:05 | Atualizado há 9 anosSÃO PAULO – Depois da euforia pela conquista inédita de uma vaga olímpica para o Brasil por equipes na ginástica artística masculina, é hora de “colocar os pés nos chão”. A frase foi dita pelo menos três vezes por Diego Hypólito no desembarque da seleção masculina no Aeroporto de Guarulhos nesta quarta-feira. E não se tratava apenas de pisar em solo brasileiro depois do périplo que os ginastas enfrentaram durante dois dias para voltar do Mundial de Glasgow devido às condições climáticas adversas para os voos. Para o atleta, apesar da classificação histórica, o pódio no Rio-2016 ainda está muito longe para a seleção masculina.
– Para os jogos Olímpicos é colocar o pé no chão, trabalhar o mais duro possível e tentar um resultado melhor também por equipes. Uma medalha é algo muito árduo, temos que trabalhar bastante. Ainda está distante de uma medalha por equipe, mas nada é impossível – avaliou Hypólito.
Fernando Carvalho, um dos técnicos da seleção masculina que teve uma das malas extraviadas, disse que a equipe que disputará os Jogos Olímpicos só deve ser definida em julho de acordo com quem estiver melhor no momento. Além de Arthur Zanetti, Arthur Nory, Caio Souza, Diego Hipólyto, Francisco Barreto e Péricles Silva, que disputaram o Mundial de Glasgow, a comissão espera poder contar com Sergio Sasaki, que está parado desde janeiro, quando operou o joelho direito. Carvalho disse que ainda não é possível definir se a equipe vai ser composta por ginastas mais generalistas ou especialistas, mas concordou com Hipólyto que uma medalha por equipe ainda é um sonho distante.
– No coletivo, a equipe está muito bem renomada no contexto internacional. Estamos sem o Sasaki, e a equipe tende a crescer. Mas ficar entre os três por equipe é uma missão muito difícil. Por outro lado, temos os especialistas: Diego, Arthur (Zanetti) e agora o Nory, que são pessoas que têm chances de finais e medalhas individuais para o Brasil. A decisão vai ser no momento. A ginástica é muito imprevisível. Hoje, a pessoa pode estar bem, amanhã pode estar com uma lesão. Vamos trabalhar nos dois caminhos e definir mais próximo da Olimpíada – explicou Carvalho.
Enquanto uma medalha por equipes ainda é algo improvável, Arhur Nory comemora o quarto lugar na barra fixa no Mundial de Glasgow. Com o resultado, o primeiro brasileiro a chegar a uma final mundial no aparelho, já pensa na possibilidade de conseguir um pódio olímpico.
– (Esse resultado) deu um gás a mais. Agora é trabalhar para recuperar alguns décimos que preciso de dificuldade e ser pódio na Olimpíada. Vi que dá para acreditar nesse trabalho. Vou treinar para mostrar que consigo chegar à final de uma Olimpíada e uma medalha – disse Nory, último a passar no desembarque de Guarulhos, depois das 13h.