Nesta terça-feira (23), a polícia espanhola anunciou a prisão de três suspeitos envolvidos nos atos racistas cometidos contra o jogador brasileiro Vinícius Júnior durante a partida entre Valencia e Real Madrid, realizada em Valência. As idades dos detidos variam entre 18 e 21 anos.
Além disso, mais cedo, outras quatro pessoas, com idades entre 19 e 24 anos, foram presas sob suspeita de terem simulado o enforcamento do atleta utilizando um boneco em uma ponte de Madri. Esse incidente ocorreu no final de janeiro, antes de um clássico entre Atlético de Madrid e Real Madrid.
De acordo com as autoridades, três dos quatro suspeitos presos em Madri são membros da torcida organizada "Frente Atlético".
Vinícius Júnior tem sido alvo de constantes atos racistas em diversos estádios e cidades da Espanha. Recentemente, o jogador brasileiro compartilhou em suas redes sociais um compilado desses casos de ódio e cobrou medidas mais enérgicas das autoridades competentes. Ele também questionou os patrocinadores e as emissoras de televisão que transmitem a La Liga.
"O que falta para criminalizar essas pessoas? E punir os clubes esportivamente? Por que os patrocinadores não cobram a La Liga? As emissoras não se incomodam em transmitir essa barbárie a cada fim de semana?", questionou Vini Júnior.
O jogador do Real Madrid e da seleção brasileira destacou a gravidade do problema e ressaltou que comunicados não são mais suficientes para lidar com a situação. Ele rejeitou qualquer tentativa de culpar a vítima para justificar os atos criminosos.
As investigações continuam em andamento para identificar outros possíveis envolvidos nos casos de racismo contra o atleta brasileiro.