Os torcedores que atacaram o jogador Vinicius Junior com gestos e comentários racistas neste domingo, 21, serão banidos "para sempre" do estádio Marsella, na Espanha. O banimento foi anunciado pela Embaixada da Espanha no Brasil em uma rede social nesta segunda-feira, 22.
De acordo com a Embaixada, manifestações e atitudes racistas não são toleradas e que o jogador Vinicius Junior tem sua total solitariedade. O texto informou que "os ataques intoleráveis e covardes" não são compatíveis com a portura antirracista da maioria dos espanhóis.
O Real Madrid, time do atacante Vinicius, apresentou uma queixa contra crimes de ódio e discriminação para a Procuradoria-Geral da Espanha, para que os ataques sejam apurados e que os responsáveis responsam por isso.
"O Real Madrid considera que tais ataques também constituem um crime de ódio, razão pela qual apresentou denúncia correspondente à Procuradoria-Geral do Estado, especificamente à Procuradoria contra crimes de ódio e discriminação, para que os fatos sejam investigados e apuradas as responsabilidades", declarou o clube em um comunicado.
O caso
Vinicius Junior sofreu um episódio de racismo na Espanha. Durante o jogo deste domingo entre Valencia e Real Madrid, válido pela 35ª rodada do Campeonato Espanhol, o confronto foi interrompido no segundo tempo devido a uma parcela da torcida presente no estádio Mestalla ter proferido insultos racistas contra o jogador brasileiro, chamando-o de "macaco".
Durante o decorrer do jogo, já era possível ouvir alguns gritos de "mono" (macaco em espanhol). No entanto, a situação atingiu seu ápice aos 24 minutos do segundo tempo.
Em uma jogada pelo lado esquerdo, Vinicius Junior foi impedido por uma segunda bola que entrou em campo. O atacante do Real Madrid reclamou com a arbitragem a respeito disso, e uma parte da torcida próxima ao gol do Valencia o alvejou com xingamentos racistas de forma intensa e hostil.