
A Casa Branca confirmou nesta sexta-feira (31) que os Estados Unidos imporão novas tarifas sobre produtos importados do Canadá, México e China. A medida, que entra em vigor a partir deste sábado (1º), estabelece uma taxação de 25% sobre importações canadenses e mexicanas, além de 10% para produtos chineses.
Segundo a porta-voz do governo americano, Karoline Leavitt, o presidente Donald Trump manteve o prazo para a implementação das tarifas, rejeitando qualquer possibilidade de adiamento. A decisão faz parte de uma estratégia para pressionar os países a adotarem medidas mais rígidas no controle da imigração ilegal e do tráfico de drogas, especialmente o fentanil, nas fronteiras dos EUA.
Impactos econômicos e reação do mercado
Especialistas alertam que as novas tarifas podem gerar efeitos significativos na economia dos Estados Unidos. Um estudo do Peterson Institute for International Economics estima que a taxação de 25% sobre produtos do Canadá e México pode reduzir o PIB americano em até US$ 200 bilhões ao longo do mandato de Trump. Além disso, a tarifa adicional sobre importações da China pode resultar em uma queda de US$ 55 bilhões no PIB nos próximos quatro anos.
Lideranças empresariais expressaram preocupação com os possíveis impactos da medida sobre setores estratégicos, como o automotivo e o de energia. Fabricantes americanos temem um aumento nos custos de insumos importados, o que pode elevar os preços para os consumidores e gerar instabilidade nas cadeias de suprimentos.
Além disso, especialistas apontam que a decisão pode intensificar a guerra comercial entre os EUA e seus parceiros econômicos. O Canadá e o México, principais exportadores para os Estados Unidos, estudam medidas de retaliação, enquanto a China já indicou que pode adotar contramedidas para proteger seus interesses comerciais.
A expectativa agora é sobre as reações dos mercados e dos líderes globais diante da política tarifária americana, que pode redefinir os rumos do comércio internacional nos próximos anos.