
Uma investigação revelou que a máfia chinesa em São Paulo utilizava golpes financeiros via Pix para financiar a compra ilegal de armas. O esquema envolvia a abertura de contas bancárias em nome de "laranjas", utilizadas para fraudes digitais e movimentação de grandes quantias. Parte desse dinheiro era lavado por empresas de fachada na região do Brás e direcionado à aquisição de armamentos.
A fraude se baseava em falsas promessas de emprego, induzindo vítimas a transferirem valores via Pix. Em apenas dois meses de 2022, contas suspeitas movimentaram cerca de R$ 4 milhões. O clube de tiro Uzi, localizado na zona leste da capital paulista, foi citado como uma das principais frentes do esquema. O empresário chinês Zou Chenglong, ligado ao estabelecimento, manifestou interesse em armar cidadãos de nacionalidade chinesa.
O esquema foi descoberto após a instituição de pagamentos Stone identificar movimentações financeiras atípicas. Como resultado, a Justiça determinou a suspensão das atividades da Uzi Comércio de Armas e Munições, enquanto as investigações avançam sobre a conexão entre as fraudes financeiras e o tráfico de armas operado pela máfia chinesa.