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Com muito entusiasmo e em momento de descontração, a médica Isadora Mota e o marceneiro Elismário Amorim, de 54 anos, dançaram forró após ele se curar da Covid-19 em um hospital de Goiânia. O marceneiro ficou quase 100 dias internado e travou uma luta diária estando com 99% dos pulmões comprometidos.
''O afeto faz parte da cura, faz parte da relação humana e também dessa relação entre profissional de saúde e paciente. O momento da dança com o Elismário foi algo extremamente gratificante e motiva a gente a continuar cuidando dos pacientes com muito zelo e amor'', disse a médica.
Elismário deu entrada no hospital no dia 24 de fevereiro e ficou internado 94 dias no Hospital Ortopédico de Goiânia após ser contaminado pelo coronavírus. Maior parte deles em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ele teve alta médica na última sexta-feira (28).
''Eu passei por um dos momentos mais difíceis da minha vida, onde 99% do meu pulmão foi comprometido. Quero agradecer a doutora Isadora, minha família e a todos que se empenharam no hospital para me ajudar com muito carinho e dedicação'', disse o marceneiro.
Elismário ainda precisa continuar com o tratamento em casa, pois ele ainda precisa de oxigênio para auxiliar na respiração. ''Aquele forrózinho que a gente dançou me incentivou muito e foi gratificante. Agradeço a doutora Isadora por ter me apoiado e ter me chamado para dançar'', conta o paciente.
A médica conta que o gesto de afeto faz diferença no trabalho de recuperação dos pacientes. ''Tem uma frase do Carl Jung que diz: 'Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana'. Isso faz uma diferença total no nosso trabalho'', conta Isadora.
A médica ainda completa: ''Estamos em um momento extremamente difícil e poder cuidar com dignidade dos pacientes que estão em uma fase tão vulnerável da vida é algo que devemos continuar fazendo como um propósito de vida, que é a nossa missão''.
