O Dia Mundial do AVC (Acidente Vascular Cerebral), lembrado na última terça-feira (29/10) tem a finalidade de conscientizar as pessoas sobre as formas de prevenção da doença cerebral que mais mata no Brasil. A doença é a segunda causa de morte no mundo. Poderia ser evitada em 90% dos casos com a adoção de hábitos adequados de vida.
De acordo com a neurologia Carla Moro, presidente da Associação Brasil AVC (ABAVC) o rápido diagnóstico do AVC é a chave para evitar ou minimizar a intensidade das sequelas, já que a cada minuto sem socorro, uma pessoa perde 1,9 milhão de neurônios. Com isso, é extremamente importante conhecer os primeiros sinais.
Segundo Carla Moro, “o principal indício de um início de AVC são alterações motoras súbitas, como fraqueza muscular, resultando na incapacidade de movimentar alguma parte do corpo com coordenação, especialmente de um só lado. Além disso, o paciente acaba tendo uma súbita dificuldade para caminhar, com tonturas e perda de equilíbrio.”
Dor de cabeça intensa e confusão mental também podem aparecer logo nos primeiros minutos, quando o paciente apresenta dificuldade para falar ou construir uma frase.
"Muitos pacientes que sobrevivem e se recuperam de um derrame, como a doença também é conhecida, podem desenvolver algumas sequelas, como a espasticidade. A condição, que leva a um descontrole do tônus muscular, provocando rigidez, dificuldade de movimento da região acometida e ainda muito dor, afeta mais de 60% dos pacientes e é extremamente debilitante, explica a neurologista.
Atualmente, as diretrizes de tratamento do AVC reforçam que o médico responsável tem até 72 horas para pedir uma avaliação completa para o fisiatra, que consegue fazer um prognóstico da gravidade das sequelas e já estipular um projeto de reabilitação.
Um dos tratamentos consiste na fisioterapia que, promove o correto estiramento do músculo, podendo prevenir o encurtamento permanente dos músculos. Outra opção, disponível no Sistema Único de Saúde, é o tratamento com a toxina botulínica que proporciona melhora na mobilidade e na dor ao deixar os músculos mais relaxados e soltos e outros relaxantes muscular.
Existem muitos fatores que podem ser alterados para que o indivíduo não venha a sofrer com um AVC, como a regulação da hipertensão, diabetes, colesterol elevado, excesso de peso, fumo e sedentarismo. O histórico familiar de ataques de AVC também é levado em consideração Conhecer seus próprios fatores de risco, realizar atividades físicas e manter uma dieta saudável rica em frutas, legumes e vegetais pode reduzir os riscos, alertam os médicos.
Com informações do site Calendarr/Brasil e Folha de Vitória