Uma Marcha pelo Clima será realizada hoje (6)em Madri, paralelamente à Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP25). São esperadas milhares de pessoas e a presença da jovem ambientalista Greta Thunberg,
Segundo os organizadores da manifestação, deverão participar "mais de 100 mil" pessoas de todo o mundo para "desmascarar a hipocrisia" dos governos que, há 25 anos, se reúnem sem sucesso para discutir as alterações climáticas.
“O mundo acordou para a urgência climática” e “os discursos não chegam”. Esses são motes da manifestação, que pretende pressionar os países signatários do Acordo de Paris a agir contra o aquecimento global.
Greta Thunberg estará à frente da manifestação. A ativista ambiental chegou na manhã desta sexta-feira a Madri, depois de viajar de comboio entre Lisboa e a capital espanhola. À chegada, demorou a sair do comboio, assustada com o batalhão de jornalistas que a esperava. Teve de ser rodeada pela polícia para deixar o local.
Em um manifesto, as associações organizadoras enviaram uma mensagem clara à COP25. “Voltamos à rua para exigir medidas reais e ambiciosas aos políticos do mundo inteiro reunidos na COP” e para que eles reconheçam “que a ambição insuficiente dos seus acordos vai colocar o planeta num cenário desastroso de aquecimento global”.
A Marcha pelo Clima e uma cimeira social que começa neste sábado (7) vão dominar a agenda paralela à 25.ª Conferência das Partes (COP25) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, que começou em 02 de dezembro e vai até 13 de dezembro na capital espanhola.
Outra marcha está prevista para a mesma hora em Santiago, no Chile, onde a cúpula deveria ter decorrido. O encontro foi transferido de última hora, em 1º de novembro, para Madri, depois de o Chile ter anunciado que renunciava à sua organização, devido à contestação social sem precedentes no país.
A manifestação começa às 18h em Atocha, perto do centro de Madrid, e depois de percorrer parte de A Castelhana, a maior e mais importante avenida da capital espanhola, termina na zona dos Novos Ministérios.
“Sabemos que a manifestação será massiva. Esperamos milhares de pessoas na rua a reclamar ações urgentes”, assegurou Pablo Chamorro, porta-voz da organização.