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Boris Johnson, premier britânico decidiu não demitir assessor, Dominic Cummings, fortemente criticado quebrar o confinamento contra o coronavírus, não conseguindo abafar a polêmica acabou perdendo força, às vésperas de anunciar a flexibilização da quarentena no Reino Unido.
Johnson saiu em sua defesa , o polêmico conselheiro se explicou para a imprensa, sem expressar nenhum arrependimento e alegando ter agido de forma “razoável”.
Cummings, foi o cérebro do referendo de 2016, campanha que organizou e que resultou no Brexit, disse não considerar sua demissão, apesar de pressionado neste sentido, inclusive entre conservadores.
O assessor saiu com a mulher e o filho de (4) anos para a residência de seus pais em Durham, a 400 km da capital Londres, quando temia ter contraído Covid-19. A família se hospedou em um prédio da propriedade.
O assessor admitiu não ter discutido esta decisão com o premier, recém-testado positivo para coronavírus, o que classificou como um erro. “Não acho que exista uma regra para mim e uma regra para as demais pessoas.”
Premier defendeu o assessor, afirmando “de forma responsável, legal e com honestidade”. Porem deputados querem a demissão.
“É um exemplo clássico do ‘faça o que eu digo, não faça o que eu faço’. Parece completamente indefensável, sua posição é insustentável”, afirmou Paul Maynard, ex-ministro.
O conselheiro Stephen Reicher afirma que Johnson “ignorou todos os conselhos que lhe demos sobre como garantir a confiança e adesão” dos britânicos na luta contra a propagação do vírus.
No Reino Unido, com quase 41.000 mortos por covid-19 o assunto representa um peso para Johnson, culpado pela sociedade pela adoção tardia do confinamento.
Segundo os jornais “The Guardian” e “Daily Mirror”, um morador flagrou Cummings em 12 de abril em Barnard Castle, próximo a Durham, e apresentou uma denúncia por violação das leis de saúde.
Cummings negou ter retornado a Durham em 19 de abril, cinco dias após voltar ao trabalhosa capital, já restabelecido.
