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Reunião anual do Congresso chinês tem em pauta respostas a pandemia e economia em crise

O maior e evento político do ano na China, a reunião do Parlamento, começa neta sexta-feira (22) em Pequim, com atraso no cronograma devido à pandemia de Sars-Cov-2. A predominância da pauta no Congresso Nacional do Povo (NCP), deve ser direcionada às críticas que o país vem sofrendo, principalmente dos EUA, em relação a condução da pandemia, além de temas sobre o futuro da economia local e quais atitudes deverão ser tomadas com o território "rebelde" de Hong Kong. São esperados cerca de 3.000 delegados, que basicamente irão apoiar e aprovar as políticas e decisões do Partido Comunista, com expectativas de nenhuma controvérsia.

O congresso anual, com previsão de aproximadamente dez dias, acontece em um momento de adversidades para a economia chinesa, severamente afetada pelo novo coronavírus. O Produto Interno Bruto (PIB) do país, diminuiu 6,8% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2019.

Sendo o primeiro recuo do PIB local desde 1992, quando começaram os registros trimestrais. No congresso à muita expectativa em relação ao pronunciamento do premiê Li Keqiang, que deverá anunciar as metas econômicas anuais, dentre as quais a projeção de crescimento do PIB e o orçamento da defesa. Outro tópico agendado são as medidas a serem anunciadas para conter possíveis novos surtos de Covid-19, além de iniciativas para uma segunda onda do vírus a longo prazo.

A polêmica em torno do tema é imprescindível, não apenas pelo fato de quê o território chinês foi onde eclodiu a PANDEMIA, mas sobretudo porque o país vem sendo criticado sucessivamente pelo presidente americano, Donald Trump. O republicano tem reforçado a narrativa, contrariando evidências científicas, de que o novo coronavírus surgiu em um laboratório de Wuhan, de onde teria escapado antes de se espalhar pelo mundo.

As críticas de Trump também se estendem a Organização Mundial da Saúde (OMS), argumentando que o órgão possa ter "acreditado nas garantias dadas pela China" em relação ao coronavírus, e culpou- o pelo aumento da disseminação de casos pelo mundo, acusando- o de ser subserviente ao discurso chinês sobre a doença.

Hong Kong

O território autônomo,no sudeste da China, foi palco de violentos protestos em 2019, organizados por agentes pró- democracia, que se opõem ao controle chinês. A importância do governo local para controlar a situação e aprovar uma lei antissubversão tem preocupado o regime comunista de Pequim.

O jornal South China Morning Post, em uma citação de fontes não identificadas, afirmou que as novas leis proibirão secessão, interferência estrangeira, terrorismo e atividades destinadas a derrubar o governo de Hong Kong. As medidas podem se revelar um ponto de inflexão para a antiga colônia britânica, que se dispõe de liberdades não aceitas na China continental e de possuir um sistema judiciário independente e menos repressivo que o de Pequim.

A previsão é que nesta sexta, o Parlamento apresentará uma legislação de segurança nacional para Hong Kong, que reforçará os "mecanismos de aplicação da lei" no território, o que pode acabar com a autonomia local.

*Com informações do Uol

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