Roberto Speranza, ministro da Saúde da Itália, estabeleceu nesta quinta-feira (9), o impedimento de entrada e trânsito para viajantes com passagem recente pelo Brasil ou por outros 12 países que ainda não controlaram a pandemia do covid-19.
Segundo o site Terra, o protocolo atinge também a Armênia, Bahrein, Bangladesh, Bósnia-Herzegovina, Chile, Kuwait, Macedônia do Norte, Moldávia, Omã, Panamá, Peru e República Dominicana. "Não podemos deixar que os sacrifícios feitos pelos italianos nos últimos meses sejam em vão", afirmou o ministro.
A restrição foi assinada por Speranza após consultas aos ministérios das Relações Exteriores (Luigi Di Maio), do Interior ( Luciana Lamorgese) e dos Transportes (Paola De Micheli) e tem validade para aqueles que tenham transitado por algum dos 13 países nas duas semanas anteriores.
Determinação não vale para italianos, mas os cidadãos ao retornar vão ficar 14 dias em quarentena
Entretanto, cidadãos italianos estão dispensados, mas terão que passar por 14 dias de quarentena após o retorno. Além disso, o governo também suspendeu todos os vôos diretos e indiretos para as 13 nações indicadas.
Esse rigor chega após autoridades sanitárias da Itália terem detectado 39 novos casos na comunidade bengalesa, todos ligados a vôos com autorizações especiais provinientes de Daca, capital de Bangladesh. Já na última quarta (8), 125 bengaleses foram impedidos no Aeroporto de Fiumicino, nos arredores de Roma, após desembarque de um avião proviniente de Doha, no Catar.
As estratégias da nova medida do governo italiano é proibir a entrada de pessoas provenientes de lugares de risco e que conseguem fraudar, fazendo conexões em outros países.
A Itália chegou a ser o país com mais infectados pela pandemia do coronavírus e hoje têm 242.363 mil casos e 34.926 mil óbitos, mas o número de novos contágios vem decaindo constantemente, desde o fim de março.
No caso de desembarques vindos desses 13 países, as autoridades italianas exigem quarentena obrigatória de 14 dias para viajantes.
As demarcações da Itália estão abertas para Estados- membros do Espaço Schengen e para as 15 excessões de julho: Argélia, Austrália, Canadá, China, Coréia do Sul, Geórgia, Japão, Marrocos, Montenegro, Nova Zelândia, Ruanda, Sérvia, Tailândia, Tunísia e Uruguai.