Thayssa Gonçalves Abrahão, de 28 anos que está desempregada, conta com doações para sobreviver e cuidar dos três filhos, após o marido Diogo Gonçalves Xavier, de 38 anos, sofrer um acidente de moto e ficar hospitazado.
“Ele estava em via urbana, foi despistar de algo e deslizou. Sofreu um traumatismo craniano e fraturou o fêmur. Quando ele sofreu o acidente, eu estava grávida de sete meses. Estamos legalizados aqui, temos três filhos, um de 8, outro de 6 e uma bebê de 3 meses. Ele viu a filha apenas uma vez, no dia do aniversário dele no mês passado”, conta Thayssa.
Ela também afirma que a família não tem condições de pagar a viagem de volta ao Brasil, quando o marido receber alta.
"Quanto mais tempo ficamos aqui, mais as despesas aumentam e a angústia também”, desabafa.
O casal é de Anápolis e vive há três anos na Cidade de Porto, local em que Diogo está internado.
“Ele ficou 24 dias em coma, teve que fazer traqueostomia, teve pneumonia, ficou entubado e foi muito difícil para ele sair do coma. Mas, graças à Deus, ele conseguiu acordar. As visitas no hospital são restritas, dentro de cinco meses, só consegui vê-lo pessoalmente sete vezes”, conta.
Thayssa informou que deixou o emprego de secretaria para cuidar das crianças e que na época do acidente, apenas o marido trabalhava. Sem nenhuma fonte de renda, ela vendeu o carro para pagar as despesas da família, mas não foi o suficiente.
As contas giram em torno de 1,7 mil euros, cerca de R$10 mil por mês. A família tem sobrevivido com doações de igrejas, parentes e amigos, conta Thayssa.
Os médicos à informaram que o marido pode deixar o hospital em até 40 dias, e que ele irá depender de cuidados. Uma consulta com o neurocirurgião, irá definir se Diogo terá de voltar para o Brasil em um voo especial.
“Ele ainda não consegue andar, não controla as necessidades, muito confuso, tem episódios de irritabilidade e não tem percepção da realidade ao redor, completamente dependente de cuidados. Com a alta, os médicos vão passar a liberação para o voo”, explicou Thayssa.
Thayssa iniciou uma campanha nas redes sociais, em que pede ajuda para comprar as passagens, que devem custar no mínimo R$ 10 mil.
“Nós não temos recebido apoio do governo, apesar de estarmos legalizados. Ele tinha o seguro da moto, mas não cobriu porque era uma apólice básica, não cobria danos pessoais, somente a terceiros”, relatou Thayssa.
A reportagem aguarda o retorno do Itamaraty para saber quais as providências tomadas diante do caso. E também um posicionamento da Secretaria de Assuntos Internacionais de Goiás, sobre a situação da família.