Em entrevista ao site SportsNaut, o brasileiro Anderson Silva, um dos maiores lutadores da história do UFC, revelou ter se sentido desrespeitado pela forma como foi conduzida a parte final de sua trajetória na organização, culminando na sua dispensa em novembro de 2020.
Spider ainda considerou que Dana White, o chefão do UFC, tentou forçar sua aposentadoria, mesmo contra sua vontade, utilizando-se de sua idade avançada e de uma sequência negativa de resultados dentro do octógono para justificar seu afastamento do esporte.
“Esse é o problema para as pessoas nesse esporte, especialmente o UFC porque o UFC não respeita o legado dos lutadores. Eles tentam usar você e (depois) te chutam. E quando você está fora, eles tentam destruir sua carreira para que você não lute em lugar nenhum. Isso aconteceu com muitos lutadores. As pessoas não falam sobre isso. Eu tive bons momentos no UFC, e momentos ruins também. Os momentos ruins, para mim, foi a experiência que eu tive nos bastidores. Mas dentro do cage, dentro da luta, eu faço meu melhor. É a única hora que eu tenho controle. Fora, eu não tenho controle”, disparou Anderson Silva.
Anderson Silva criticou também a política salarial adotada pela entidade. Nos últimos meses, diversos lutadores, do presente e do passado, e até mesmo pessoas de fora da comunidade do MMA, como Jake Paul, têm apontado a enorme discrepância entre os valores pagos pelo boxe profissional em comparação às bolsas oferecidas pelo Ultimate para criticar a organização presidida por Dana White.
“Na minha luta (de boxe) no México, eu ganhei mais dinheiro do que nas minhas últimas três lutas no MMA (UFC). Eu não gosto de falar sobre as coisas ruins, e as pessoas dizem: ‘Ah, agora você está fora do UFC e fala m*** sobre eles’. Foi bom para mim algumas vezes, e foi bom para o UFC também. Está feito, acabou. Mas é importante dizer que tudo que eu falo sobre a situação é porque foi isso que aconteceu comigo”, concluiu o ‘Spider’.
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