A China recusou o convite dos Estados Unidos para que o secretário de Defesa, Lloyd Austin, se reunisse com seu homólogo chinês, Li Shangfu, no Fórum de Segurança de Diálogo Shangri-La em Singapura nesta semana, informou o Pentágono em um comunicado. A recusa da China ocorre em meio a relações tensas entre os dois países.
Segundo o comunicado, os EUA afirmaram que o convite foi feito no início de maio, porém a China rejeitou a proposta. Apesar disso, os EUA enfatizaram que a recusa não impedirá a busca por melhores linhas de comunicação entre os dois países.
"A falta de vontade da China de se envolver em discussões militares significativas não diminuirá o compromisso do Departamento de Defesa de buscar linhas de comunicação abertas com o Exército de Libertação do Povo (PLA) em vários níveis como parte da gestão responsável do relacionamento", afirmou Patrick Ryder, Secretário de Imprensa do Pentágono, na declaração.
Em resposta, a Embaixada da China nos EUA questionou a sinceridade e o significado do convite, citando as sanções impostas pelos EUA a autoridades, instituições e empresas chinesas. Embora a declaração não tenha mencionado especificamente as sanções contra Li, destacou-se que essas sanções foram impostas em 2018 pelo governo do ex-presidente Donald Trump devido à compra de armas russas pela China, incluindo uma aeronave de combate Su-35 e um míssil terra-ar S-400.
A falta de acordo para a reunião entre os chefes de defesa dos EUA e da China contribui para o aumento das tensões entre os dois países, que já enfrentam disputas comerciais e divergências em várias questões geopolíticas. O impasse evidencia os desafios existentes na relação entre as duas potências e ressalta a necessidade de diálogo e cooperação para promover a estabilidade e a segurança internacionais.