O ciclone Remal deixou pelo menos 36 mortos em sua passagem pela Índia e Bangladesh. Com rajadas de até 135 km/h, o ciclone atingiu a costa a cerca de 80 quilômetros da cidade indiana de Calcutá e se moveu para o norte de Bangladesh, resultando em danos de larga escala nos dois países.
Remal tocou a costa indiana na noite do último domingo, 26, e além de formação mais rápida, o fenômeno é também um dos mais longos da história do país, contabilizando mais de 36 horas de atividade desde que tocou o solo.
De acordo com o diretor do Departamento Meteorológico de Daca, Azizur Rahman, o ciclone demorou apenas três dias para passar de uma depressão no Golfo de Bengala a um ciclone severo que provocou chuvas torrenciais com mais de 200 milímetros acumulados.
Um milhão de pessoas em Bangladesh e na Índia abandonaram as áreas de risco antes da chegada do ciclone, resultado diretamente ligado aos avanços no desenvolvimento de mecanismos de previsão e evacuação, que permitem reduzir o número de mortes em desastres climáticos.
Aproximadamente 3,75 milhões de pessoas foram afetadas pela tempestade, cerca de 35.000 casas foram destruídas e outras 115.000 danificadas.
Segundo informações do Departamento Meteorológico da Índia, o ciclone Remal enfraqueceu nesta última terça-feira, 28, e segue a leste de Bangladesh.
Voluntários e militares foram mobilizados para reforçar as ações de limpeza e de distribuição de água e comida às famílias deslocadas.