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Deslizamento de terra causa mortes e desaparecimentos no Equador

No início do dia, as autoridades haviam relatado 16 mortes, mas o presidente Guillermo Lasso confirmou que havia sete mortos nesta segunda-feira, 27

Imagem ilustrativa da imagem Deslizamento de terra causa mortes e desaparecimentos no Equador

Um deslizamento de terra varreu uma comunidade andina no centro do Equador e enterrou dezenas de casas deixando ao menos sete pessoas mortas no domingo, 26. Segundo as autoridades, os socorristas mantém uma busca frenética pelos sobreviventes. No início do dia, as autoridades haviam relatado 16 mortes, mas o presidente Guillermo Lasso confirmou que havia sete mortos nesta segunda-feira, 27.

Imagens aéreas da cidade de Alausí, no Equador, mostram o trabalho de bombeiros que tentam encontrar sobreviventes do deslizamento de terra na região, nesta terça-feira, 28. O desastre tem ainda um saldo de mais de 60 desaparecidos, de acordo com o balanço mais recente entregue por Guillermo Lasso. O presidente lamentou a tragédia e prometeu às pessoas da cidade que "vamos continuar trabalhando" no esforço de busca.

Com o desespero estampado nos rostos, armados com picaretas e pás e acompanhados por cães, dezenas de socorristas e moradores vasculham os escombros. A Secretaria de Gestão de Risco do Equador disse que mais de 30 pessoas foram resgatadas após o desmoronamento da encosta da montanha por volta das 22h de domingo. Entre elas, 23 ficaram feridas.

"Minha mãe está enterrada sob a lama", disse Luis Ángel González, 58 anos, que também perdeu outros membros da família no domingo. "Estou tão triste, devastado. Não há nada aqui, não há casas, não há nada. Estamos sem casa e sem família".

A agência de gestão de risco estimou que 500 pessoas e 163 casas foram afetadas pelo desastre, que também destruiu uma parte da Rodovia Pan-Americana.

O governador de Chimborazo, Ivan Vinueza, disse à Associated Press que alguns dos feridos foram levados para hospitais da área. Ele disse que as autoridades haviam instado as pessoas a evacuarem a área após deslizamentos de terra e rachaduras terem começado a se desenvolver há cerca de dois meses. Alguns seguiram o conselho, e no sábado, 25, quando os tremores se intensificaram, outros fugiram.

Os moradores da área disseram à mídia local que ouviram tremores na montanha antes do deslizamento de terra. Cerca de 150 metros de largura e quase 700 metros de comprimento de terra engoliram árvores, casas e outros edifícios. Mais de 50 casas foram enterradas sob toneladas de lama e entulho.

A agência de resposta a emergências disse que 60% do serviço de água potável na área foi afetado pelo deslizamento de terra. Bombeiros de várias cidades foram despachados para a área para ajudar. Os socorristas se concentraram nos flancos do deslizamento de terra onde encontraram vestígios e escombros de casas.

O vídeo das câmeras conectadas à rede de serviços de emergência do país mostrou pessoas fugindo de suas casas com a ajuda de vizinhos. Também mostrou pessoas transportando aparelhos e outros pertences em veículos.

Sobreviventes, muitos alojados em abrigos temporários, choravam. Entre eles estava a família Zuña, que estava hospedada na Igreja Matriz de Alausí, onde salas para catequese ou reuniões paroquiais foram adaptadas com beliches após as autoridades declararem emergência devido ao risco de deslizamentos de terra.

Sonia Guadalupe Zuña disse que sua mãe estava relutante em deixar o que tinham construído ao longo dos anos. "Fomos para o abrigo, mas minha mãe não quis", disse Zuña. "Mais tarde, minha filha foi convencê-la. Quando eles caminharam ao longo dos trilhos, tudo desmoronou. Eles chegaram cobertos de terra e chorando".

Com exceção das roupas que tinham vestidas, a família de Zuña perdeu tudo. "Não sei para onde, mas estamos todos saindo", disse ela chorando. "Meus pais nos ensinaram que, trabalhando duro, você consegue coisas materiais, mas estarmos juntos não tem preço". Fonte: Associated Press.

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