O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou sua residência na Flórida com destino a Nova York, onde se tornará, na terça-feira, 4, o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos a comparecer a um tribunal na condição de réu. Ele foi indiciado pelo grande júri por crimes relativos a um pagamento com o intuito de comprar o silêncio de uma atriz pornô durante a campanha eleitoral de 2016.
"Eu vou, acreditem ou não, ao tribunal. A América não deveria ser assim. O procurador corrupto não tem caso", escreveu Trump em suas redes sociais.
Joe Tacopina, advogada do ex-presidente, assegurou que Trump não será algemado durante o breve trajeto entre o escritório da procuradoria do distrito de Manhattan e a audiência.
Como parte de sua apresentação no tribunal, ele será submetido ao procedimento padrão de tomada de impressão digital e fotografia. Após seu retorno à Flórida, Trump planeja fazer um discurso na terça-feira às 20h15 (21h15 no horário de Brasília). Ele já chamou o processo de "caça às bruxas" e "perseguição política".
Devido à possibilidade de protestos tanto de apoiadores quanto de opositores de Trump nas ruas, a polícia de Nova York entrou em alerta máximo e convocou 36 mil agentes, conforme a rede americana NBC News.
O julgamento de terça-feira começa com Trump comparecendo a um tribunal em Nova York para ser formalmente notificado das acusações contra ele. Durante o procedimento, ele deve fornecer seu nome, idade, profissão e fotografado de frente e perfil, além de ter suas impressões digitais coletadas. Depois, ele se apresenta diante do juiz do estado de Nova York, Juan Merchan, e irá se declarar "inocente", conforme sua advogada de defesa.
Por último, sua advogada apresentará vários recursos para tentar impugnar as acusações contra Trump.