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Recentemente, a península de Reykjanes, na Islândia, foi palco de uma erupção vulcânica significativa, a maior desde dezembro do ano passado. Este evento natural liberou uma grande quantidade de dióxido de enxofre (SO2) na atmosfera, formando um panache que está se deslocando rumo à Europa. Segundo o Serviço de Monitoramento da Atmosfera Copernicus (CAMS), esta pluma de SO2 está sendo monitorada de perto enquanto avança sobre o Atlântico Norte, passando pela Irlanda, Reino Unido, Escandinávia e, eventualmente, alcançando os Estados Bálticos, Polônia e noroeste da Rússia.
Apesar da magnitude das emissões, especialistas não preveem impactos adversos na qualidade do ar na superfície ou no clima. Mark Parrington, cientista sênior do CAMS, destacou que, embora a quantidade de SO2 emitida seja significativa, não se espera que haja impacto na qualidade do ar ou no clima na superfície. Laurence Rouil, diretor do CAMS, reforçou a importância de monitorar essas emissões, uma vez que os compostos de enxofre podem afetar processos globais, como a concentração de ozônio na estratosfera.
O sistema de previsão do CAMS, que utiliza observações de satélite, fornece informações detalhadas sobre o movimento e a concentração do SO2 na atmosfera. As previsões são cruciais para preparar e, potencialmente, mitigar quaisquer efeitos adversos na qualidade do ar nas regiões afetadas. Além disso, enquanto o CAMS se concentra nas previsões de concentrações gasosas de SO2, a cinza vulcânica, que pode ter implicações imediatas para o tráfego aéreo e a saúde respiratória, é monitorada pelos Centros de Aviso de Cinzas Vulcânicas (VAACs).
A erupção na Islândia também levou à evacuação de áreas próximas, como a famosa atração turística Blue Lagoon e a cidade de Grindavik, que foram poupadas devido ao fluxo lento de lava. A atividade vulcânica, embora estável, continua a ser uma preocupação, e as autoridades locais mantêm um estado de alerta elevado.
